Lisboa não vai avançar no desconfinamento, revela Medina

"Situação não é fácil", disse o autarca lisboeta, no seu espaço de comentário televisivo
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Fernando Medina antecipou esta noite, no seu habitual espaço de comentário na TVI24, que Lisboa não vai avançar no processo de desconfinamento, no próximo dia 14 de junho, por "não ter condições"

"Lisboa está numa situação que não é fácil. O número de casos excedeu o patamar dos 120 [casos por 100 mil habitantes], entrou em situação de alerta. Na última semana, o número de casos por 100 mil habitantes continuou a progredir, embora a um ritmo mais lento, significa que Lisboa amanhã [9 de junho], que é o dia da avaliação, não irá progredir relativamente ao desconfinamento", garantiu o autarca lisboeta. "Lisboa não tem condições de fazer esse avanço".

Medina esclareceu que a capital também não vai dar um passo atrás, mas sim manter-se na fase atual.

A "grande questão" é saber se vai ser possível, "durante as próximas semanas, controlar a situação, eventualmente conseguindo que ela se reduza e melhore, ou então se se vai registar um agravamento da situação", explicitou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa

O autarca voltou a apelar às pessoas que mantenham "bom senso comum" e que não festejem os Santos Populares nas ruas.


14 de junho

Teletrabalho recomendado nas atividades que o permitam; restaurantes, cafés e pastelarias (máximo de seis pessoas no interior ou dez pessoas em esplanadas) até à meia-noite para admissão e 01h00 para encerramento; comércio com horário do respetivo licenciamento; transportes públicos com lotação de dois terços ou com a totalidade da lotação nos transportes que funcionem exclusivamente com lugares sentados; espetáculos culturais até à meia-noite; salas de espetáculos com lotação a 50%. Fora das salas de espetáculo, com lugares marcados e com regras a definir pela DGS. Escalões de formação e modalidades amadoras com lugares marcados e regras de acesso definidas pela DGS. Recintos desportivos com 33% da lotação.

28 de junho

Desporto: regressam os escalões profissionais ou equiparados com 33% da lotação (regras de acesso a definir pela DGS). Lojas de Cidadão: funcionam sem marcação prévia; Transportes públicos: sem restrição de lotação.

Noutro tema, Fernando Medina desvalorizou a polémica provocada pelas críticas da líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, à forma "truculenta" como o ministro Pedro Nuno Santos respondeu ao presidente da Ryanair.

No seu espaço habitual de comentário na TVI24, o presidente da Câmara de Lisboa foi questionado se este episódio entre Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos revela que já há uma luta interna tendo em vista a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS.

Fernando Medina, no entanto, rejeitou esse cenário, defendendo que esse episódio entre a líder parlamentar do PS e o ministro das Infraestruturas "não diz nada".

O presidente da Câmara de Lisboa, também membro do Secretariado Nacional do PS, rejeitou mesmo que esta controvérsia tenha efeitos políticos no interior do seu partido.

"Tenho ouvido essas interpretações desprovidas aliás de qualquer atualidade. O PS tem um líder que é secretário-geral [António Costa], que vai submeter-se a votos a partir de sexta-feira e com probabilidade será reeleito. E espero que ele [António Costa] continue por muito tempo", disse, numa alusão às eleições diretas para a liderança do PS, que se realizam nos próximos dias 11 (por voto eletrónico), 18 e 19 deste mês.

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