Liga Árabe critica União Africana por suspender Egito
"A avaliação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana sobre os acontecimentos no Egito, após as manifestações do passado 30 de junho, é totalmente errada", considerou o diretor do departamento de cooperação árabe-africano da Liga Árabe, Samir Hosni, em declarações à imprensa.
Na opinião do responsável, o que aconteceu no Egito foi uma "revolução verdadeira", que levou o Exército a "responder às aspirações dos milhões de egípcios que encheram as praças do país", pedindo a renúncia de Morsi, democraticamente eleito em junho de 2012.
A Liga Árabe rejeita qualificar o que aconteceu como um "golpe militar" e justifica a atuação das Forças Armadas egípcias, que evitaram "o abismo".
No dia 5, dois dias depois do derrube de Morsi, a União Africana juntou o Egito ao lote de países suspensos na organização (Guiné-Bissau, República Centro-Africana e Madagáscar já lá estavam, todos por golpes de Estado), até que a "ordem constitucional" seja retomada.
Já a Liga Árabe felicitou o Egito, no dia 4, por ter conseguido o "feito histórico" de nomear um presidente interino, Adli Mansur, em substituição de Morsi.