Leões gay foram "influenciados" por homossexuais "demoníacos"
Dois leões foram vistos na reserva natural de Masai Mara, no Quénia, em posições e atos que davam a entender a existência de atos sexuais. Ezekial Mutua, responsável pelo Kenya Film Classification Board (KFCB), descreveu o comportamento como "bizarro" e fala inclusivamente em forças "demoníacas". Adiantou que os leões podem ter copiado os comportamentos de visitantes homossexuais do parque, que tem mais de 1500 metros quadros.
O KFCB funciona sob tutela do Ministério do Desporto, Cultura e Artes. Existe para regular a "criação, transmissão, posse, distribuição e exibição de filmes e conteúdos que promovam valores nacionais e protejam as crianças de conteúdo prejudicial".
Em entrevista ao queniano NaIrobi News, Mutua admitiu que o organismo pelo qual é responsável "não regula animais", mas que disse que é "necessária uma pesquisa e investigação". "Precisamos também de confirmar que os dois leões eram os dois machos, porque isto não é normal", acrescentou.
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Deu a entender, ainda, que os leões podem ter aprendido comportamentos homossexuais após verem casais gay a terem sexo na reserva natural. "Estes animais precisam de aconselhamento, porque provavelmente foram influenciados por gays que foram aos parques nacionais e se portaram mal. Não sei, devem ter copiado isso de algum lado ou é algo demoníaco. Porque estes animais não veem filmes", disse ao jornal.
"Quer dizer, onde é que já se viu algo como isto. Os espíritos demoníacos que atingem os humanos parecem ter chegado aos animais. É por isso que eu digo que se devem isolar os loucos animais gay e estudar o seu comportamento, que não é normal. A ideia de sexo, mesmo entre animais, é de procriação. Dois leões machos não podem procriar", frisou.
De acordo com o El País, Ezekial Mutua, que funciona como um "polícia da moral" no país, é uma figura controversa, sobretudo entre a comunidade LGBT, por, entre outras coisas, querer proibir qualquer filme em que se promovam valores relacionados com a homossexualidade. Nas redes sociais as respostas não se fizeram esperar.
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O jornal espanhol explica ainda que o Quénia é um dos 18 países africanos que têm penas de prisão, até 14 anos, para pessoas que possam ter comportamentos homossexuais.