Lenda do galarote colorido vence Mira
Gravar! Operador de imagem e jornalista do Mira Canal estiveram ontem a fazer a reportagem de mais uma etapa das Construções na Areia. E Luís Lopes, que integra a equipa organizadora, destacou as virtudes de tanta criatividade no areal de Mira à repórter Cristina Neves. Luís Reigota ia gravando as imagens do dia "para mais tarde fazer uma peça jornalística global sobre a praia de Mira".
As esculturas, essas, foram as "rainhas" da praia que há mais anos ostenta o galardão da bandeira azul em Portugal.
Ontem, o objecto-símbolo da cultura nacional, o galo de Barcelos, foi um dos temas mais representados. Galarote colorido que, ali, tinha a especificidade de ser moldado em areia molhada. Foi, precisamente, esta ave lendária que liderou o pódio e ganhou o passaporte para ir à final de Espinho. Maria Francisca Santos, de Vilarinho do Bairro, estava radiante ao receber o troféu.
O brasão de Mira, muitos galos, inúmeras guitarras, cavalos marinhos, vários polvos, castelos e barcos prenderam a atenção dos avaliadores. Fernanda Silva (professora de Educação Visual), David Paulo (arquitecto) e Jorge Rico (engenheiro florestal) escolheram os trabalhos do pódio e as duas menções honrosas de cada escalão.
Mas muitas mais personagens fizeram a história deste dia soalheiro. Aos sete anos, Francisco Simões, natural da Mealhada, não deixou ninguém indiferente ao abordar elementos da organização querendo explicar que "as Construções na Areia são um sucesso". Quis, pois, ser repórter. E até escreveu, ali mesmo, um texto com caligrafia irrepreensível. Entre várias ideias, escreveu o petiz: "É uma honra para o vencedor." E, ontem, para o enquadramento da imagem colectiva, coube a três veteranos fazer gigantescas esculturas: Fernando Pessoa, pelas mãos de Miguel Silva; logótipo dos correios portugueses, por opção artística de Diogo Jorge e Mafalda Caetano. Todos disseram adeus à etapa e receberam o aplauso vigoroso do público.