O foco de legionella foi detetado no âmbito de uma inspeção regular efetuada às instalações do Instituto Português de Oncologia em Lisboa. O conselho de administração foi informado dos resultados das análises na semana passada e "desde aí implementou as medidas de segurança necessárias", informou João Oliveira, durante uma conferência realizada esta manhã nas instalações daquela unidade hospitalar..O presidente do IPO afirmou que "não há nenhum surto de legionelose [doença dos legionários] no IPO" e que "não há nenhum doente infetado, nem com suspeita de infeção"." O que aconteceu foi a deteção nas pesquisas normais que se fazem regularmente à presença de legionella na água quente" em alguns sítios do hospital, como já aconteceu noutras alturas, disse João Oliveira..A bactéria foi encontrada "em dois dos 13 edifícios da instituição", revelou, acrescentando tratarem-se dos dois edifícios "onde decorrem atualmente obras"..Na sequência da deteção da bactéria, foram tomadas "todas as medidas de precaução" que estão preconizadas, nomeadamente a colocação de filtros, a junção de alguns elementos à água e os choques térmicos regulares que são aconselhados também nestas circunstâncias..João Oliveira frisou que não há motivo para alarmismos: "Não há qualquer risco para as pessoas internadas no IPO nem para as pessoas que frequentam o IPO." E referiu que "as infeções por legionella são muito menos frequentes do que a presença da legionella, com a qual as pessoas lidam todos os dias, em edifícios públicos ou em casa".."Infeções hospitalares há muitas e o nível de alerta é sempre elevado", garantiu o presidente do IPO, que referiu não ser necessário qualquer rastreio junto das pessoas que frequentaram a unidade hospitalar nos dias anteriores à deteção da bactéria. "As pessoas apenas devem estar atentas a quaisquer sinais de infeção respiratória", disse..A bactéria legionella é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia..A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias..A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo..* com Lusa