Lech Walesa criticado por declarações homofóbicas

Vários políticos polacos criticaram hoje veementemente o antigo presidente da Polónia, e Prémio Nobel da Paz, Lech Walesa, que afirmou que os deputados homossexuais deveriam sentar-se na última fila do parlamento, senão mesmo fora dele.
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"O que o meu pai disse é errado e prejudicial", declarou o filho do antigo presidente polaco e eurodeputado pela Plataforma Cívica, de centro-direita, e atualmente no poder.

Em resposta a uma provocação de um jornalista do canal televisivo privado TVN24, que lhe perguntou se os deputados homossexuais se deveriam sentar perto da parede, na última fila do parlamento, tendo em conta que apenas representam uma minoria, Lech Walesa, conhecido pela sua devoção católica, respondeu: "Sim, perto do muro, ou mesmo atrás dele".

O único militante homossexual com assento parlamentar na Polónia, Robert Biedron, reagiu hoje dizendo que as declarações de Walesa fizeram-no sentir como se fosse um "cidadão de segunda categoria".

"Gostaria de encontrar Lech Walesa para que ele pudesse confrontar os seus estereótipos e convicções em relação aos homossexuais, para que não volte a falar da mesma forma, porque isso é segregação", afirmou o deputado de esquerda.

A câmara baixa do parlamento polaco rejeitou, no final de janeiro, três projetos de lei destinados a legalizar a união civil para casais homossexuais e heterossexuais na Polónia, país maioritariamente católico.

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