Lar ilegal encerrado por falta de condições era reincidente
Fonte do Instituto de Segurança Social disse hoje à agência Lusa que os proprietários do lar eram reincidentes, depois de em Março ter havido uma ordem de encerramento que não foi respeitado.
A mesma fonte adiantou que "vão ser aplicadas contra-ordenações e sanções acessórias", sem especificar para já quais, visto que o processo só agora se vai iniciar junto da Segurança Social.
Uma das sanções poderá passar pela interdição de actividade aos proprietários.
O lar ilegal foi encerrado por falta de condições sanitárias e de higiene.
"Não se tratava de um lar, mas de uma casa particular que albergava idosos", afirmou à agência Lusa Manuela Sousa, delegada de saúde-ajunta do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Sul.
Durante a acção de fiscalização, Manuela Sousa descreveu que foram encontrados "baldes a servir de sanita", "escadas perigosas", "varandas sem grades de protecção", "animais misturados com pessoas" e "tomadas eléctricas a dar choque".
"Encontrámos uma grande desarrumação e uma grande sujidade", disse.
Na sequência de uma denúncia ao Ministério Público, o Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Alenquer efectuou uma operação de fiscalização, em conjunto com técnicos da Segurança Social e da delegada de saúde, que promoveram o encerramento do lar e identificaram o seu proprietário, revelou a GNR em comunicado.
Três dos cinco idosos, com idades entre os 80 e os 95 anos, foram entregues às famílias e dois realojados em instituições da região.
A GNR revelou também que foram encontrados 24 cães no canil da habitação, o qual "não tinha condições para albergar os animais".
Neste sentido, foram levantadas contra-ordenações e processo seguirá agora as vias judiciais.