Lagarde alerta para crescimento lento e insta governos a lutar contra corrupção

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou vários fatores que ditam o abrandamento, como a desaceleração da economia chinesa, e instou os governos a lutar contra a corrupção.
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No primeiro dia da World Government Summit, realizada nos Emirados Árabes Unidos, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, alertou para o abrandamento do crescimento económico, considerando que as "tensões comerciais e aumentos de impostos, as restrições financeiras, a incerteza sobre o 'Brexit' e a desaceleração da economia chinesa" estão por detrás da desaceleração.

"Estão a afetar o comércio, a confiança e os mercados", disse.

A diretora-geral do FMI salientou que a economia mundial está num momento de "transformação" e que o futuro após a crise "permanece desconhecido".

"O futuro do trabalho está a mudar radicalmente e, consequentemente, muitos serão diferentes. É uma combinação entre a globalização e a tecnologia e os empregos serão adaptados à inteligência artificial", realçou.

Neste ponto, referiu Lagarde, "as políticas que abordam mudanças nos empregos são necessárias".

"Os governos não devem apenas melhorar as economias dos países, mas devem também aumentar a qualidade de vida de seus cidadãos", disse.

Christine Lagarde chamou também a atenção dos países a corrupção que, na sua opinião, "gera desconfiança e afeta o crescimento da economia".

"Pedimos aos estados que não arruínem as suas economias, que apliquem a transparência e adotem boas políticas governamentais", referiu.

A Cimeira começou hoje no Dubai, com a participação de mais de 4.000 pessoas de 140 países, incluindo chefes de Estado, ministros e autoridades que se reúnem para discutir o futuro dos governos.

Representantes de mais de 150 países, incluindo Portugal, participam de hoje a terça-feira, no Dubai, no World Government Summit, onde líderes políticos, religiosos, económicos e sociais irão debater o futuro próximo do planeta.

Ao longo dos três dias, a governança nas suas várias valências será alvo de uma multiplicidade de olhares, debatendo como mitigar o risco da próxima epidemia global, como a consciência pode transformar a educação ou como definir propriedade intelectual na era da inteligência artificial.

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