Kim Jong-un recusa convite para visitar Coreia do Sul
O líder da Coreia do Norte recusou esta quinta-feira um convite de Seul para visitar a Coreia do Sul na próxima semana, noticia a agência de notícias norte-coreana.
O convite a Kim Jong-un, feito pelo chefe de Estado da Coreia do Sul, Moon Jae-in, tinha como objetivo garantir a presença do líder norte-coreano na cimeira dos países do Sudeste Asiático (ASEAN), que se realizar na cidade portuária de Busan, Coreia do Sul.
De acordo com fontes oficiais citadas pela KCNA, o líder da Coreia do Norte recebeu a carta pessoal do chefe de Estado sul-coreano no dia 5 de novembro, mas acabou por rejeitar o convite.
Na notícia sobre a rejeição do convite, a agência oficial da Coreia do Norte comenta as posições considerando que Seul não está a cumprir os acordos estabelecidos entre os dois Estados e que está a ceder às pressões norte-americanas.
O presidente da Coreia do Sul, que continua a tentar promover mais um encontro ao mais alto nível, já se reuniu três vezes com Kim Jong-un desde 2018, tendo conseguido abrir os canais que permitiram os contactos diretos entre o líder norte coreano e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nos últimos meses, Pyongyang tem criticado Seul devido à realização de exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
No início desta semana, Seul e Washington anunciaram o cancelamento das manobras militares conjuntas previstas para dezembro para apoiar o diálogo sobre a desnuclearização com a Coreia do Norte.
"Tomamos esta decisão como um gesto de boa vontade para contribuir para um ambiente propício à diplomacia e à paz", explicou o secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper.
"Alentamos a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] a que demonstre a mesma boa vontade", disse Esper, ao mesmo que instou Pyongyang a "voltar à mesa de negociações sem condições prévias ou dúvidas a respeito".
Os aliados tinham previsto realizar exercícios aéreos em dezembro, o que levou a críticas de Pyongyang apesar de a escalada de manobras se ter reduzido.