Juve Leo reage ao fim do apoio do Sporting: "Representa a falta de rumo de um clube sem liderança"
A claque Juve Leo (JL) reagiu em comunicado, esta segunda-feira, à rescisão unilateral do protocolo assinado com o clube. "Esta posição tomada pela Administração do Sporting Clube de Portugal só representa, uma vez mais, a falta de rumo de um clube sem liderança, assente em incompetência e que necessita apenas de "bodes expiatórios" para se livrar de atenções indesejadas", pode ler-se no comunicado publicado no Facebook.
Classificando a medida como um "episódio triste" da direção deste clube que apoiam "incondicionalmente", garantem que o dever dele, segundo os "estatutos da Associação JL" é o de "apoiar todas as equipas do Sporting": "Em lado algum se encontra o dever de apoiar direções."
Apontando o dedo à gestão de Frederico Varandas, o grupo questiona a legalidade da resolução unilateral do acordo, visto que nunca faltaram no apoio à equipa, condição base do acordo. Além disso, acusam os atuais dirigentes de estarem a agir à margens dos estatutos: "Qual é, então, a consequência jurídica para o incumprimento dos estatutos do clube por parte desta Direção e da Mesa de Assembleia Geral?"
Apesar disso garantem que não vão deixar de apoiar as equipas, pois "com ou sem protocolos, com ou sem apoios", tudo farão "para elevar o nome do clube nas diversas modalidades". Porque, garantem: "Renunciamos a aceitar guerrilhas internas de um clube que deve ser movido por estrita paixão. Renunciamos a qualquer forma de violência. Razão pela qual, esclarecemos que o incidente com o veículo de um membro da Direção não tem qualquer relação com a claque que, ainda que desagradada com a falta de rumo, se recusa acolher o desacato como forma de alerta."
No domingo, o Sporting anunciou que rescindiu "com efeitos imediatos" os protocolos que celebrou em 31 de julho com a Associação Juventude Leonina e com o Diretivo Ultras XXI - Associação, devido à "escalada de violência" recente. Isto depois da direção leonina sofrer insultos, ameaças e tentativas de agressão por alegados membros dos grupos organizados de adeptos (GOA) durante a vitória no futsal frente ao Leões de Porto Salvo (6-1), no Pavilhão João Rocha.
Esta é uma medida sem precedentes para os lados de Alvalade e por isso a direção de Frederico Varandas ainda estuda a implicações do mesmo. Isto porque há adeptos das claques com Gameboxe anual (embora comprada com desconto) a quem não poderá ser vedada a entrada no recinto. No entanto, e para já, com o terminar do protocolo, os GOA, perdem as regalias que decorriam desse mesmo protocolo. A saber: Direito à Gamebox (estádio e pavilhão), perdem o acesso aos preços especias (cerca de 50% do preço), perdem o direto a adquiri-los em mais prestações do que os restantes sócios, perdem o direito aos subsídios de viagens (jogos regulares) e também aos subsídios paras viagens extraordinárias (fases finais e a eliminar), perdem direito a participarem nas coreografias comuns e perdem os bilhetes cujo preço decorria do protocolo. Segundo o protocolo, as duas claques tinham acesso aos 875 bilhetes pré-pagos por jogo. Em cima da mesa está a possibilidade de o clube deixar de ceder espaços para os grupos se reunirem.
Agora resta saber as implicações da desta guerra e como os adeptos organizados vão reagir esta terça-feira no jogo do Sporting com a Oliveirense (20.00), para o campeonato nacional de hóquei em patins. Um jogo, que segundo soube o DN, terá segurança reforçada, tal como o jogo de futebol de quinta-feira (frente ao Rosenborg, na Liga Europa).
O Sporting é o clube que conta com mais elementos registados nas suas quatro claques organizadas: Juventude Leonina (1.632), Diretivo Ultras XXI (709), Torcida Verde (358) e Brigadas Ultras (238).