Justiça russa processa jornalista opositor do regime por mensagem no Facebook

De acordo com o portal OVD-Info, que faz a monitorização dos protestos na Rússia, desde o início da invasão da Ucrânia foram abertos mais de 1.700 processos devido a informação que, segundo o regime de Putin, desacredita as ações das forças armadas do país.
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A Justiça russa abriu um processo contra um conhecido jornalista e opositor do regime, Ilyá Azar, devido a uma mensagem na rede social Facebook sobre a "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia, revelou esta sexta-feira o próprio repórter.

"Abriram um processo administrativo contra mim por desacreditar o Exército", escreveu Azar, que se encontra fora da Rússia, numa mensagem na rede social Telegram.

O Ministério Público disse que a acusação se deve a uma mensagem no Facebook, sem especificar o conteúdo em causa.

"Já começava a pensar, com preocupação, que se tinham esquecido de mim ou que não me opunha à guerra com a devida clareza", referiu ironicamente o jornalista.

Azar, ex-jornalista de Novaya Gazeta, enfrenta uma multa de até 100.000 rublos (cerca de 1.400 euros).

De acordo com o portal OVD-Info, que faz a monitorização dos protestos na Rússia, desde o início da invasão da Ucrânia, foram abertos mais de 1.700 processos devido a informação que, segundo o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, desacredita as ações das forças armadas do país.

O Kremlin condena os que se referem a "invasão da Ucrânia" ou "guerra", insistindo em qualificá-la como uma "operação especial militar".

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