Condenados 53 agentes da ditadura de Pinochet pela morte de 9 comunistas
A decisão da justiça chilena foi anunciada com um comunicado do Tribunal de Justiça de Santiago do Chile, em que o juiz responsável pelo caso, Miguel Vázques Plaza, decretou a sentença por sequestro qualificado.
As penas dos agentes, todos da Direção de Inteligência Nacional (DINA), a polícia secreta da ditadura entre 1973 e 1977, oscilaram entre três e 20 anos de prisão. Entre eles destaca-se o brigadeiro do exército chileno, Miguel Krassnoff Martchenko - com esta sentença já soma 700 anos de prisão por violações aos direitos humanos. Por outro lado, houve oito investigados que acabaram absolvidos em tribunal.
D eacordo com a investigação, as vítimas deste processo foram detidas para serem interrogatório e acabaram torturadas por causa da sua militância política. O objetivo era obter informação sobre as atividades do partido e, especialmente, a a identificação posterior de outros membros na clandestinidade. "Tais constragimentos não cessavam até a obtenção da informação requerida ou até a inconsciência das vítimas", lê-se na decisão judicial.
Os crimes foram praticados na região metropolitana de Santiago, no âmbito das operações da polícia política de Pinochet, que matou, em meados de 1976, a direção do Partido Comunista. As vítimas eram Mario Zamorano Donoso, Onofre Muñoz Poutays, Uldarico Donaire Cortéz, Jaime Donato Avendaño, Elisa Escobar Cepeda, Lenin Díaz Silva, Eliana Espinoza Fernández e Víctor Díaz López, todos do Partido Comunista chileno.