Julie Gayet ou como Hollande revela a nova primeira-dama... aos poucos
Vestida de preto dos pés à cabeça, com o cabelo apanhado num carrapito austero, mas com o mesmo sorriso rasgado com que apareceu em Rolland Garros ou no festival de Cannes. Foi assim que a atriz e encenadora Julie Gayet surgiu no dia 18 numa homenagem aos heróis da Resistência francesa, entre eles o seu avô Alain Gayet. Foi também a primeira vez que a companheira não oficial de François Hollande coincidiu com o presidente francês numa cerimónia oficial desde que a relação veio a público, em janeiro de 2014, ditando a separação do presidente de Valérie Trierweiler.
O Eliseu já negou que a presença de Gayet no Mont-Valérien - onde Hollande participou na cerimónia de homenagem aos "Companheiros da Libertação", os homens e mulheres que ajudaram a pôr fim à ocupação nazi na II Guerra Mundial - fizesse parte de uma estratégia da presidência para oficializar a relação entre a atriz, que fez 43 anos este mês, e o chefe do Estado. Num comunicado, o Eliseu garantiu que Gayet esteve presente na qualidade de neta de um herói da resistência.
"O motorista deixou a família Gayet [Julie, o pai, Brice, e o avô, Alain] mesmo frente às câmaras de televisão e aos fotógrafos", contou uma fonte à revista L"Obs, segundo a qual a presença de Julie Gayet não foi comunicada nem à sua equipa.
Veja o vídeo da cerimónia:
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E se sempre que é questionado sobre a relação, Hollande se limita a recordar o "direito ao respeito pela sua privacidade", a verdade é que nos últimos meses Gayet se tornou mais visível. "A presença de Julie Gayet é pura comunicação política. Hollande percebeu que não podia continuar a defender que a vida privada deve continuar privada", disse ao Le Figaro Christine Clerc. A jornalista política e autora de vários livros garante que o presidente pode estar a preparar a oficialização da relação para a campanha das presidenciais 2017. "Se as sondagens forem favoráveis à oficialização, vai avançar. Mas não pode passar a ideia - como Nicolas Sarkozy - de que a sua felicidade pessoal está acima das suas preocupações com o poder de compra e o emprego".