Jovens de 14 anos aderem à cirurgia estética vaginal

A cirurgia estética vaginal já há vários anos se tornou moda entre as mulheres britânicas. Não há limite de idade para este tipo de procedimento e são várias as jovens, com menos de14 anos, que já aderem à cirurgia.
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Cerca de 343 jovens britânicas, com idade inferior a 14 anos, realizaram, nos últimos seis anos, cirurgias aos orgão genitais por motivos estéticos. Estas cirurgias, realizadas pelo Serviço Nacional de Saúde de Inglaterra (NHS), visam 'remodelar' o exterior da vagina, conferindo-lhe um aspeto mais atraente, informa o site do jornal britânico 'The Daily Mail'.

No University College Hospital, em Londres, uma equipa de investigadores liderada por Sarah Creighton, afirmam que é "perturbador" não existir um limite de idade para este tipo de procedimentos. No entanto, Creighton admite que não tem na sua posse informações sobre o motivo pelo qual estas cirurgias estão a ser realizadas. "Podemos apenas especular e precisamos de mais informações", adianta Creighton, lembrando, no entanto, que "as anomalias labiais que requerem intervenção cirurgica são extremamente raras".

Parte da culpa de tantas jovens se deixarem fascinar pela magia da indústria da beleza, neste caso das cirurgias estéticas vaginais, reside nas próprias clínicas que fornecem informações erradas e utilizam terminologias confusas, não permitindo o total entendimento dos perigos relacionados com a operação, diz o site do jornal espanhol 'El Mundo'.

As operações, que consistem em reduzir os lábios vaginais, estão-se a tornar cada vez mais comuns entre as jovens. A insatisfação com a aparência leva a que muitas delas realizem as cirurgias sem sequer pensar nos riscos, acrescenta o 'The Daily Mail'.

Por sua vez, o serviço nacional de saúde britânico nega que estejam a ser realizadas cirurgias estéticas vaginais nos seus hospitais. "É claro que existe cirurgia estática no serviço nacional de saúde, mas apenas para pessoas que têm necessidades clínicas e nunca para pessoas que apenas gostariam de o fazer", garantiu ao 'Daily Mail' uma porta voz do Departamento de Saúde.

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