Jogaram onze contra onze e no final ganhou o Benfica do super Darwin

Veríssimo revolucionou o onze frente ao Belenenses SAD, na 29.ª jornada, e deu-se bem graças a <em>hat trick </em>do avançado uruguaio (3-1), que chegou aos 31 golos na época e saiu ovacionado.
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Desta vez jogaram 11 contra 11 e no final voltou a vencer o Benfica (3-1). Um hat trick de Darwin Núñez anulou o péssimo início de jogo da equipa encarnada, que começou a perder, e ajudou a atenuar a má imagem do chamado "jogo da vergonha" da primeira volta do campeonato, que terminou aos 48 minutos, quando o Belenenses SAD perdia por 7-0 e ficou reduzido a seis jogadores, depois de entrar em campo com apenas nove devido a um surto de covid-19.

Olhando para as declarações que fez na antevisão do jogo da 29.ª jornada da I Liga, em que admitiu mudanças na equipa, mas sem poupar jogadores a pensar no jogo com o Liverpool (quarta-feira), ninguém apostaria que Nélson Veríssimo fosse revolucionar o onze com seis alterações - apenas Vlachodimos, Otamendi, Taarabt, Everton e Darwin mantiveram o lugar. Os encarnados foram surpreendidos por um Belenenses SAD veloz e com apenas uma alteração - Yohan Tavares no lugar de Danny Henriques. Aos três minutos a velocidade de Afonso Sousa e o génio de Rafael Camacho construíram o primeiro golo da partida. Foi o golo mais rápido dos azuis esta época e permitiu a Afonso igualar um feito do pai (Ricardo Sousa) e do avô (António Sousa), que também marcaram aos encarnados.

A equipa de Veríssimo reagiu bem ao golo sofrido e Darwin esteve perto do empate, mas não tão perto quanto Rafael Camacho ficou de fazer o 2-0. E só não o conseguiu porque Vlachodimos o impediu. Com o passar dos minutos adivinhava-se o empate. Bastava o Benfica acelerar para criar problemas ao Belenenses SAD com bolas longas para Darwin. E foi assim que as águias chegaram ao golo aos 22 minutos, por Darwin... que assim pela 22.ª vez no campeonato. O lance começou num erro de Afonso Sousa, que tentou um passe de calcanhar e acabou por dar a bola a Taarabt, que descobriu o uruguaio na área e assim se redimiu de um erro idêntico que resultou no golo dos azuis.

Relançado o jogo, a exibição coletiva do Benfica deixava a desejar, com maus passes, pouca mobilidade e lentidão nas transições, mas chegou ao intervalo com quatro oportunidades flagrantes de golo criadas. Uma delas, de Everton, bateu com estrondo no poste.

No segundo tempo, os encarnados voltaram mais mexidos e consumaram a reviravolta no marcador com os mesmos intervenientes do golo do empate. Taarabt serviu Darwin, que quatro minutos depois voltou a bater Luiz Felipe, chegando aos 24 golos no campeonato, reforçando o estatuto de melhor marcador da I Liga e ultrapassando os 23 golos que coroaram Pedro Gonçalves do Sporting na época passada, numa altura em que ainda faltam jogar cinco jornadas. O hat trick permitiu ao avançado chegar aos 31 golos na época. Saiu ovacionado aos 72 minutos.

A equipa de Franclim Carvalho acusou o peso dos dois golos de desvantagem e não conseguiu mudar o rumo dos acontecimentos. O Belenenses SAD continua assim sem vencer fora de casa na I Liga (6 empates e 9 derrotas) e segue em último lugar. O Benfica é terceiro, atrás de Sporting e FC Porto.

isaura.almeida@dn.pt

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