João Almeida quarto no arranque do Giro... no dia em que fica "sem equipa"

Patrão da equipa belga anunciou que o português vai deixar a Deceuninck-QuickStep no final da época. Nelson Oliveira (Movistar) foi 16.º e Ruben Guerreiro (Education First-Nippo) foi 74.º no início à 104.ª edição da Volta a Itália.
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João Almeida (Deceuninck-QuickStep) começou o Giro na mesma posição que terminou no ano passado: 4.º lugar! Isto no dia em que o diretor da equipa belga anunciou que não renovará com o português. O contrarrelógio individual que deu início à 104.ª edição da Volta a Itália em bicicleta foi ganho pelo italiano Filippo Ganna (INEOS).

O campeão do mundo da especialidade, que já tinha começado o Giro de 2020 desta forma, cumpriu a distância de 8,6 quilómetros, em Turim, em 8.47 minutos, à frente de dois ciclistas da Jumbo-Visma, o italiano Edoardo Affini, segundo, a 10 segundos, e o norueguês Tobias Foss, terceiro, a 13.

Almeida, quarto em 2020, num ano em que liderou durante 15 dias seguidos, registou o quarto melhor tempo e está agora a 17 segundos do primeiro camisola rosa, e o primeiro entre os candidatos à geral final. Nelson Oliveira (Movistar) foi 16.º, a 29 segundos do vencedor, e Ruben Guerreiro (Education First-Nippo) foi 74.º, a 47.

No domingo, a segunda etapa liga Stupinigi a Novara, ao longo de 179 quilómetros, com um traçado plano que, em teoria, favorece uma chegada em pelotão compacto, propícia ao sprint.

O patrão da Deceuninck-Quick Step, Patrick Lefevere, anunciou na coluna que escreve no Het Nieuwsblad que João Almeida não irá renovar pela equipa belga, mas que isso não afetará a condição de líder na Volta a Itália.

"Não vai determinar a escolha tática para o Giro. Serão as pernas a decidir. Não me interessa nada, se ganhar o Giro, que seja com um belga ou um português", escreveu Lefevere sobre a saída do Giro para a estrada.

"O João é o líder, o Remco terá liberdade. Mais tarde, se o Remco for o mais forte dos dois e o Almeida não fizer o que se espera dele, a sua bicicleta irá para o camião e ele abandonará. E será exatamente o mesmo no caso oposto", ameaçou o manager antes de criticar a postura do empresário do ciclista português e finalizando: "O Almeida deixará a equipa no próximo ano."

O futuro do português deve passar por uma destas três equipas: Bora-hansgrohe, UAE Emirates e Movistar.

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