James Rodríguez condenado a pagar 11,65 milhões por fraude fiscal em Espanha
O colombiano James Rodríguez foi condenado a pagar 11,65 milhões de euros por fraude fiscal em Espanha, relativos aos tempos que era jogador do Real Madrid, revela esta quinta-feira o jornal El Mundo.
A agência tributária espanhola atribui ao atual jogador do Bayern Munique uma fuga aos impostos no valor de 6,35 milhões de euros, relativos aos direitos de imagem, sendo que a esse valor terá de acrescentar um outro por não se ter declarado na sua declaração de impostos como residente em Espanha.
A alegada ilegalidade terá sido cometida em 2014, quando trocou o Mónaco pelo Real Madrid, com os merengues a pagarem 80 milhões de euros pela transferência. Na sua declaração às finanças, James Rodríguez não se declarou como residente em Espanha, tendo o fisco aberto uma investigação para avaliar se podia ser considerado como residente no país.
Segundo fonte fontes próximas da investigação citadas pelo El Mundo, o jogador devia ter declarado que era residente em Espanha, uma vez que é isso que diz a lei, mesmo que se trate apenas de uma permanência no país durante 183 dias, que foi o tempo relativo à declaração às finanças espanholas desde que se consumou a transferência até ao final do ano fiscal. Isto porque o rendimento foi auferido em Espanha.
Quanto à questão dos direitos de imagem, reside no facto de o jogador ter vendido ao empresário Jorge Mendes a sua exploração por 12 milhões de euros, com um contrato registado em Marrocos (Casablanca) a 28 de dezembro de 2014. Ou seja, James Rodríguez só pagou impostos relativos a uma pequena parte desse montante por se ter declarado não residente em Espanha, razão pela qual as finanças considera que faltam pagar 4,9 milhões de euros.
O jogador terá ainda de pagar acertos correspondentes aos exercícios fiscais entre 2015 e 2017, que se aproximam dos 900 mil euros.
Este caso envolvendo o antigo jogador do FC Porto surgiu após o caso que envolveu Cristiano Ronaldo, que entretanto chegou a um acordo com as finanças espanholas para o pagamento de 18,8 milhões de euros. O El Mundo esclarece ainda que a agência tributária isentou Jorge Mendes de qualquer responsabilidade nestes dois casos.