A Liga dos Bombeiros Portugueses decidiu este sábado convocar para 24 de novembro uma concentração nacional de protesto na Praça do Comércio, em Lisboa, contra a proposta do Governo de reforma da Proteção Civil..A decisão consta de uma moção aprovada este sábado, em Bragança, pelo Conselho Nacional da Liga, e durante o qual foi sublinhada a "revolta" dos bombeiros portugueses por não terem sido ouvidos na elaboração da proposta para a nova lei orgânica que se encontra em discussão pública e que foi aprovada em Conselho de Ministros em 25 de outubro..A proposta do Governo prevê a criação cinco comandos regionais e 23 sub-regionais de emergência e proteção civil em vez dos atuais comandos distritais de operações e socorro..O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou hoje que os bombeiros não vão "admitir em circunstância alguma que estas reformas de legislação sejam efetivamente implantadas e impostas" e ameaçou fazer guerra contra o Governo, antes do início dos trabalhos do Conselho Nacional..Reunião nacional de corpos de bombeiros.As formas de luta ficaram decididas na reunião e, além da concentração de protestos, contemplam ainda a recusa de participação em exercícios ou iniciativas determinadas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) ou pelo Governo..A Liga decidiu ainda convocar uma reunião nacional de corpos de bombeiros para o próximo dia 8 de dezembro, que presumivelmente será realizada em Santarém.."Vamos levar para lá mais de dois ou três mil bombeiros para definirmos o que é que vamos fazer, se vamos participar no dispositivo de combate a incêndios, se vamos receber membros do Governo nos nossos eventos, não dar, nem receber informação da Autoridade (ANPC)", concretizou Jaime Marta Soares..A Liga vai ainda apresentar ao Governo uma proposta para que revogue os diplomas da discórdia "e, se não revogar, se não abrir espaço a discussões que tenham interesse para o setor", o presidente promete que os bombeiros não vão parar enquanto isso não acontecer.."Se não resultarem, nós vamos realizar um congresso extraordinário, até meados de 2019, e aí definirmos as grandes estratégias em relação ao que vai ser o relacionamento com o Governo português", afirmou.