Israel e palestinianos no pior conflito em Gaza desde a guerra de 2014
Israel levou a cabo mais ataques aéreos na faixa de Gaza nesta terça-feira, segundo a Reuters, enquanto as milícias palestinianas continuam a atacar território israelita com rockets naquele que é considerado o pior surto de violência desde a guerra de 2014, que durou sete semanas.
O Hamas, que controla a faixa de Gaza, além de outras fações armadas dispararam mais de 400 rockets e morteiros que atingiram várias casas depois de, na segunda-feira, terem levado a cabo um ataque com um míssil que atingiu um autocarro e feriu um soldado israelita. O Hamas diz que o seu ataque foi uma retaliação à morte de sete dos seus combatentes no domingo num confronto com o exército israelita. Além dos sete palestinianos, um oficial do exército israelita morreu durante o que terá sido uma operação das forças especiais de Israel no enclave.
Um dos muitos ataques aéreos israelitas atingiu a Al-Aqsa, a estação televisiva do Hamas na Faixa de Gaza, que deixou de emitir após o bombardeamento, referiram testemunhas locais. Minutos antes, a estação tinha interrompido a sua programação e exibia uma imagem fixa do seu logótipo após o edifício ter sido atingido por um míssil de aviso.
Os esforços das Nações Unidas, Egito e Qatar para que seja alcançado um cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas estão neste momento ameaçados.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência dos responsáveis pela segurança para discutir a escalada de violência em Gaza.
A tensão entre Israel e o Hamas subiu nos últimos meses devido aos protestos organizados desde o final de março no enclave no âmbito da 'marcha do retorno', contra o bloqueio israelita e para exigir o regresso dos refugiados palestinianos que fugiram ou foram expulsos aquando da criação do Estado hebreu em 1948.
O secretário-geral da ONU apelou esta segunda-feira apelou a todas partes envolvidas no conflito entre Israel e a Palestina "máxima moderação", na escalada da escalada de violência que se tem sentido em Gaza nos últimos dias.
António Guterres pediu moderação e informou, através de um porta-voz da ONU, que o coordenador especial da organização, Nickolay Mladenov, está a trabalhar "estreitamente com o Egito e com todas as partes envolvidas para restaurar a calma".