Islamitas, Sudão do Sul e falta de democracia em África preocupam Obama

Presidente dos Estados Unidos fala hoje numa reunião da União Africana. Será o primeiro dirigente americano a fazê-lo.
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A liberdade de expressão e o pluralismo político são fatores "que reforçam" e não enfraquecem os governos, afirmou ontem o presidente Barack Obama, falando em Adis Abeba, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro etíope Hailé Mariam Desalegn.

As palavras do presidente americano visavam diretamente o partido de Hailé Mariam há 25 anos no poder e que é acusado de excesso de autoritarismo pela oposição. Nas mais recentes eleições, em maio, não foi eleito nenhum deputado da oposição e um grande número dos imigrantes ilegais que tentam chegar à Europa são provenientes da Etiópia, com a maioria a acusar o regime de Adis Abeba de prosseguir uma política de repressão generalizada.

"O partido governamental tem grande popularidade e, em consequência, criar espaço para jornalistas, media e as vozes da oposição não irá debilitar, pelo contrário, irá reforçar a agenda definida pelo primeiro-ministro e o seu partido", afirmou Obama, sugerindo que atitudes autoritárias podem ser usadas como pretexto para as ações de movimentos extremistas, como as milícias Al-Shabaab, ativas na Somália e países vizinhos, como o Quénia.

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