Irmão da primeira mulher pediu reabertura do processo
Em 1996, a morte por suicídio da primeira mulher de Francisco Veredas Bandeira, nome do conhecido cantor português Paco Bandeira, foi questionada por Francisco Castelo, mas o Ministério Público, na altura, entendeu que não havia indícios de crime e arquivou o caso.
Hoje, passados 16 anos, o irmão de Maria Fernanda diz continuar "inconformado" com a decisão e quer a reabertura do processo para uma investigação "mais transparente".
"Acho que está na altura de o tribunal analisar o processo com mais transparência e fazer a investigação que não foi feita", disse Francisco Castelo à Agência Lusa.
O irmão da primeira mulher de Paco Bandeira justificou a decisão de pedir a reabertura do processo com as declarações que têm sido feitas durante o julgamento do caso em que o cantor português é acusado de violência doméstica sobre a ex-mulher Maria Roseta.
"A D. Maria Roseta disse em tribunal, sob juramento, que ouviu a filha mais nova da minha irmã dizer que ela não se tinha suicidado", afirmou Francisco Castelo, sublinhando ainda que tem uma mensagem de telemóvel da sobrinha, Maria da Conceição, que mostra que ela não disse tudo o que sabia.
Assim, Francisco Castelo considera ter "indícios claros" de que a morte da irmã "não foi bem explicada".
"É uma ferida que eu tento sarar há muitos anos, mas nunca me conformei e se há 15 anos questionei o tribunal, agora faço-o novamente com muito mais força", assegurou.
Paco Bandeira está a ser julgado no Tribunal de Oeiras, por acusações do Ministério Público de ter praticado violência à ex-mulher e maus tratos à filha menor do casal, entre 1997 e 2009.
No processo consta que Paco Bandeira terá apontado uma arma à cabeça da sua ex-mulher e lhe terá batido, ameaçado várias vezes e ofendido verbalmente, episódios negados em tribunal pelo cantor português.