A Irlanda, a Áustria, a Alemanha e a Dinamarca adotaram esta sexta-feira novas medidas para deter a propagação da variante Ómicron do novo coronavírus, considerada mais contagiosa que todas as anteriores estirpes..O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, anunciou esta tarde a instauração de um recolher obrigatório às 20:00 para os 'pubs', bares e restaurantes até ao final de janeiro, para combater a Ómicron, que está a alastrar a um ritmo alarmante na Europa.."Todos os restaurantes e bares (...) devem encerrar às 20:00" a partir de domingo e até 30 de janeiro, declarou o chefe do Governo irlandês..Salientando o risco que a nova variante representa para o sistema hospitalar, mas também "para a sociedade e a economia" do país de cinco milhões de habitantes, o primeiro-ministro sublinhou que a variante está a propagar-se "de forma agressiva" em todas as faixas etárias.."A necessidade de desacelerar a propagação da Ómicron e que mais pessoas recebam a dose de reforço [da vacina anti-covid-19] é clara", prosseguiu..O responsável anunciou igualmente que haverá uma redução da capacidade dos espaços que acolhem público..Todos os passageiros que chegam ao país deverão realizar um teste PCR ou antigénio e é-lhes também aconselhado que façam um teste antigénio diariamente durante os cinco dias seguintes à sua entrada no país..De acordo com os mais recentes números, a Irlanda registou, desde o início da pandemia de covid-19, mais de 644.000 casos da doença e 5.835 mortes..Por seu turno, o Governo austríaco anunciou que quem chegar ao país terá de apresentar um certificado de vacinação válido ou estar recuperado da covid-19, caso contrário, terá de submeter-se a um período de isolamento que poderá ser interrompido com um teste PCR ao fim de cinco dias..As grávidas e outras pessoas que, por problemas de saúde, não podem vacinar-se, não estarão vinculadas a esta medida.."Estas normas de entrada mais rígidas representam grandes desafios, especialmente para as pessoas que viajam para o estrangeiro durante as férias de Natal. No entanto, são necessárias, sobretudo neste momento, para deter a propagação da [variante] Ómicron na Áustria", declarou o ministro da Saúde austríaco, Wolfgang Mückstein..A medida afeta tanto os cidadãos austríacos como os da União Europeia (UE) e de países terceiros..O período de isolamento será de dez dias, mas pode ser encurtado para cinco se for apresentado um teste negativo com menos de 72 horas ou, no caso de o certificado de vacinação ter caducado, um comprovativo de que se recebeu uma dose de reforço da vacina anti-covid-19..Para aqueles que viajam regularmente para o país em trabalho, será também aceite um teste PCR negativo..Além destas medidas, a Áustria incluiu Angola, Zâmbia e Malauí na lista de países com os quais estão proibidas ligações aéreas diretas..A Alemanha, já afetada por um acentuado aumento do número de novos casos de covid-19, deve preparar-se para uma nova "vaga maciça" da doença, devido à rápida difusão da variante Ómicron, advertiu o ministro da Saúde, Karl Lauterbach..Assim, o Governo alemão classificou hoje França e Dinamarca como zonas de infeções de "alto risco" e vai, por isso, impor aos viajantes não vacinados procedentes desses países um período de quarentena, anunciou o Instituto de Vigilância da Saúde Pública..A partir de domingo, esta medida, que vai igualmente aplicar-se aos viajantes provenientes da Noruega, do Líbano e de Andorra, implica que as pessoas não vacinadas ou que não apresentem um comprovativo de recuperação da doença cumprirão uma quarentena, com a possibilidade de fazerem um teste no quinto dia..Por seu lado, a Dinamarca anunciou hoje o encerramento da maior parte das atividades culturais e novas restrições da vida noturna, para tentar travar o aumento recorde de casos de covid-19 e da nova variante Ómicron..O país registou hoje um novo recorde absoluto, com mais de 11.000 novos casos nas últimas 24 horas, incluindo um novo máximo de mais de 2.500 casos da variante Ómicron, segundo o Governo..A covid-19 causou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP)..A doença respiratória é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países, a última das quais, a Ómicron.