Investigadores da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, anunciaram a descoberta de um novo exame ao sangue - o mais eficaz até agora - que deteta a proteína característica da doença Alzheimer, a beta-amiloides. No entanto, nem todas as pessoas que acusam esta proteína desenvolvem demência, de acordo com New York Times..O teste não está disponível para uso clínico, pelo menos nos próximos anos. Para já, servirá para auxiliar os desenvolvimentos da medicação para combater o Alzheimer, a partir de testes realizados em pessoas diagnosticadas nas primeiras fases da doença..Diagnosticar o Alzheimer não é simples. Atualmente, a única solução definitiva que existe para detetar a doença de Alzheimer é feita através de uma biopsia ao cérebro, pelo que raramente é realizada. Os médicos baseiam-se essencialmente em testes mentais e em entrevistas com os doentes e os seus familiares, acertando no diagnóstico apenas em 50 a 60% dos casos..Este novo exame baseia-se num conceito utilizado em química analítica chamado espetrometria de massa e deteta as moléculas beta-amiloides no sangue de forma mais precisa. Foi testado em 158 voluntário com idades entre os 60 e os 70 anos..Não há tratamento para o Alzheimer e este novo exame também não é isso que vem trazer. No entanto, um diagnóstico precoce pode contribuir para um melhor controlo da doença..A doença de Alhzeimer foi identificada pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e patologista alemão Alois Alzheimer. Em países desenvolvidos, é uma das doenças com maiores custos sociais e económicos. Até para os cuidadores a doença tem um custo significativo a nível social, psicológico, físico e financeiro..O sintoma inicial mais comum é a perda de memória a curto prazo. Muitas vezes confundido com o processo normal de envelhecimento ou manifestações de stresse. Por isso, a Organização Mundial de Saúde alerta cada vez mais para a necessidade de um diagnóstico precoce.