O antigo primeiro-ministro José Sócrates acusou esta terça-feira Filipe Pinhal, ex-administrador do BCP, de ter deixado no parlamento sugestões de "pura e velhaca maledicência", contrapondo que "nunca" conversou ou orientou o empresário José Berardo em qualquer investimento.."Nunca discuti, conversei ou orientei o senhor José Berardo em qualquer investimento. Nunca tive sequer conhecimento, fosse por quem fosse, da sua intenção de reforçar a sua posição acionista no Banco Comercial Português", escreve José Sócrates numa nota enviada à agência Lusa..Esta terça-feira, durante uma audição na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Filipe Pinhal sugeriu que José Sócrates terá influenciado o empresário José Berardo para reforçar a sua posição no banco, com recurso a financiamento da CGD..Na nota de resposta, José Sócrates rejeita ter alguma vez procurado influenciar decisões dos acionistas desse banco. "Nunca interferi, nem influenciei nenhuma decisão dos acionistas do banco relativas à escolha da sua administração. As despudoradas sugestões feitas a esse propósito não passam de pura e velhaca maledicência", sustenta Sócrates, numa crítica a Filipe Pinhal..Entre outras ideias que transmitiu na comissão de inquérito, Filipe Pinhal disse presumir que a alegada influência de José Sócrates sobre Berardo estaria relacionada com a "guarda da coleção [de arte, no Centro Cultural de Belém] com despesas pagas pelo Estado".