Indignação, revolta e tristeza entre os moradores

Sentimentos mistos de indignação, revolta, discriminação e tristeza é o que sentem hoje os moradores do Bairro do Aleixo, Porto, reunidos atrás das grades policiais para verem a implosão da torre 4.
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Margarida culpa o presidente da Câmara, Rui Rio, pela degradação e demolição do bairro. A mesma opinião tem Aida Duarte, 31 anos, que foi "feita, nascida e criada no Aleixo". Critica também o presidente por ser "insensível" ao despejar os pobres para "buracos" e ficar com um terreno com vista para o rio.

"A moda agora é viver na Foz, com vista para o rio. O problema não é a droga, é o facto de isto valer muitos euros, porque droga há em todos os bairros", considerou Aida Duarte.

Joaquim Alves, 75 anos, que vive há nove anos no Aleixo junto à torre 1, disse também à Lusa que "não é por demolir o Aleixo que a droga vai deixar de existir na cidade". Este morador acredita "na boa intenção" de Rui Rio, mas considera que o tráfico de droga se vai manter noutros pontos da cidade.

Às 10:30, os moradores do Bairro do Aleixo, junto à torre 1, contam o número de carros policiais e de agentes e aguardam pelo fim da torre 4, com os olhos pregados no prédio que vai ser implodido.

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