IndieLisboa "abre" as Cartas de Guerra, de Ivo M. Ferreira

A terceira longa-metragem do realizador português, que estreou em Berlim no mês de fevereiro, é inspirada no livro "D'este viver aqui neste papel descripto - Cartas de guerra".
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O filme Cartas de guerra, de Ivo M. Ferreira, que teve estreia mundial em fevereiro, em Berlim, será exibido em Lisboa, a 25 de abril, no âmbito do festival IndieLisboa, anunciou hoje a organização.

Com a programação do IndieLisboa 2016 a ser revelada na terça-feira, em Lisboa, a direção anunciou hoje que Cartas de guerra será exibido numa sessão especial a 25 de abril, na Culturgest, dia em que se assinalam os 42 anos da Revolução de Abril de 1974.

A 13.ª edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa decorrerá de 20 de abril a 01 de maio.

Cartas de guerra inspirou-se no livro D'este viver aqui neste papel descripto - Cartas de guerra, que inclui as cartas que o escritor António Lobo Antunes escreveu à primeira mulher, entre 1971 e 1973, durante o tempo que esteve em Angola, a servir pelo exército na guerra colonial.

"É sobretudo uma história de amor e isolamento e de como um Estado pode privar mais de um décimo da população das suas vidas, contaminando um país inteiro. É uma declaração de amor e uma questão de sobrevivência", explicou o realizador à agência Lusa, em fevereiro, quando o filme passou em Berlim.

A terceira longa-metragem de Ivo M. Ferreira, que só deverá estrear-se comercialmente no final do verão, conta com um elenco com mais de quarenta atores, entre os quais Miguel Nunes, Margarida Vila-Nova, Ricardo Pereira, João Pedro Vaz e Simão Cayatte.

No IndieLisboa, a abertura oficial dar-se-á com Love & Friendship, de Whit Stillman, "numa viagem literária até ao conto de Jane Austen que a mestria do realizador transformou numa divertida comédia de costumes", afirma a organização.

O encerramento ficará por conta de L'avenir, da realizadora Mia Hansen-Love e protagonizado por Isabelle Huppert.

A organização tinha já anunciado antes que na secção "Herói independente" estaria em destaque o cinema de Paul Verhoeven e Vincent Macaigne.

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