Incêndio em Tortosendo, na Covilhã, dado como dominado

Ainda assim, mais de 400 operacionais, apoiados por mais de 120 veículos e quatro meios aéreos, continuam no terreno em operações de rescaldo.
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O incêndio que deflagrou esta sexta-feira à tarde no Tortosendo, concelho da Covilhã, entrou em fase de resolução pelas 19:20, adiantou à Lusa o vice-presidente da câmara.

"O incêndio está neste momento circunscrito. Vamos agora a proceder ao rescaldo, com máquinas de rasto e com as equipas de sapadores e de bombeiros, uma vez que neste momento os meios aéreos já não estão a atuar", referiu José Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara da Covilhã, num balanço feito pelas 20:15.

José Serra dos Reis adiantou ainda que as autoridades esperam dar o fogo como extinto durante a noite, após os trabalhos de rescaldo que estão a decorrer em todo o perímetro do incêndio para eliminar "todos os focos" na zona de Tortosendo, Covilhã, distrito de Castelo Branco.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, Luís Marques, adiantou à Lusa, pelas 22:30, que as máquinas de rasto continuavam no local para fechar todo o perímetro do incêndio que chegou a ser combatido por mais de 450 operacionais.

"Temos meios que vão ficar toda a noite e no início da manhã em vigilância, numa área que ainda é considerável" para evitar reacendimentos, frisou.

Embora na primeira hora o fogo tenha chegado perto da vila do Tortosendo, Luís Marques sublinhou que não tinha qualquer registo de casa ardida ou de pessoas feridas.

O alerta para o fogo foi dado pelas 15:00 e a Estrada Nacional 230 (EN 230), via na serra da Estrela, que liga a Covilhã a Tortosendo e Unhais da Serra, chegou a estar encerrada ao trânsito.

Fonte do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã referiu à Lusa que a EN 230 foi reaberta pelas 20:15.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mantinham-se pelas 23:00 no local 390 operacionais, apoiados por 112 viaturas.

O autarca da Covilhã com o pelouro da Proteção Civil frisou ainda que o fogo esteve com um período "muito crítico", que foi ultrapassado com os meios "muitos diversos e céleres a chegar ao terreno".

"Atuaram numa fase em que o incêndio estava relativamente curto do ponto de vista da sua propagação. Isso foi determinante", apontou.

O vento levou ainda a "algumas ramificações" do incêndio, o que obrigou à atuação dos meios no terreno para evitar propagações.

O fogo esteve também perto de algumas habitações, mas José Serra dos Reis descartou a existência de danos, sublinhando que as "faixas de gestão de combustível, quer nas habitações isoladas, quer nas infraestruturas" facilitaram o combate.

O vice-presidente da Câmara da Covilhã agradeceu ainda aos proprietários pela gestão dos terrenos e aos "meios locais, regionais e nacionais que caíram em força e minimizaram os efeitos do que podia ter ser muito perigoso".

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