Hospital militar único reduziu 31% dos efetivos
A integração dos hospitais militares num único permitiu reduzir 314 efetivos militares e 439 civis entre 2011 e 2014, disse esta terça-feira o comandante operacional das Forças Armadas (FA).
No briefing dado ao Presidente da República e Comandante Supremo das FA durante a visita ao HFAR, o general Pina Monteiro informou que o financiamento da atividade hospitalar em 2015 foi de 20 milhões de euros - 47% dos quais oriundos de receitas próprias.
A criação do HFAR implicou o encerramento dos quatro hospitais militares em Lisboa (dois do Exército, um da Marinha e outro da Força Aérea) para dar lugar a um hospital único com dois pólos, um em Lisboa e outro no Porto, entre 2010 e 2014.
Pina Monteiro explicou ao Presidente as várias fases do processo da integração hospitalar militar no Lumiar, que tem conclusão prevista em 2018, para servir um universo de 75 mil utentes na Grande Lisboa e 40 mil no Grande Porto.
Além de atender os militares, as suas famílias e os deficientes das FA, o HFAR colabora com o Serviço Nacional de Saúde e tem em fase de conclusão um protocolo de colaboração com a ADSE (sistema de assistência na doença aos funcionários públicos), explicou Pina Monteiro.
Cavaco Silva, por sua vez, disse que "não houve nenhuma reunião com o ministro da Defesa ou chefias militares que a saúde militar não fizesse parte da agenda".
O Presidente visitou depois as instalações do HFAR, nomeadamente o centro de medicina subaquática e hiperbárica da Marinha e o centro de medicina aeronáutica da Força Aérea.
Com as obras previstas, entre outros objetivos, o HFAR vai aumentar a capacidade de resposta no âmbito da saúde mental, da capacidade cirúrgica, hemodiálise e internamento.