Homicídio de aluno não pára negócio da Queima das Fitas

Festas envolvem negócio de milhões. Pará-las por causa da morte de uma aluno geraria "enorme prejuízo".
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O "Público" escreve na sua edição de hoje que "as imagens de centenas de estudantes embriagados que ilustram as notícias sobre as festas académicas escondem negócios que mobilizam milhares, nalguns casos milhões, de euros. Dos concertos à segurança, passando pela bilheteira, limpeza e fornecimento de bebidas, são meses de trabalho que, em caso de cancelamento por uma noite que fosse, poderiam redundar num "enorme prejuízo", segundo os representantes académicos ouvidos pelo jornal, que recusam por isso condenar a decisão tomada pela Federação Académica do Porto (FAP) de manter inalterado o programa, mesmo depois do assassínio de um estudante, na madrugada de sábado, no recinto da festa".

Segundo o jornal, "entre os que lamentaram publicamente o ocorrido, abundam os que defendem que a FAP deveria ter suspendido os festejos. O próprio diretor da Faculdade de Desporto, Jorge Bento, veio a público dizer que a gravidade do ocorrido justificava a suspensão da festa. "O prejuízo poderia ser grande, mas a vida não tem preço", adiantou ao jornal, mas os reponsáveis por gerir estruturas que movimentam milhões não concordam. "Estão em causa investimentos de uma enorme envergadura e não é pelo facto de a festa continuar que a dor e o respeito se tornam menores", diz Carla Videira, da Associação Académica da Universidade do Minho".

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