Herberto Helder faz-nos ver o que é mágico e inexplicável na poesia

O poeta Herberto Helder, falecido na segunda-feira, "é alguém que, de facto, nos faz ver de facto tudo o que é mágico e inexplicável na poesia", disse à Lusa o poeta e professor Fernando Pinto do Amaral.
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"É um poeta tão diferente, tão vulcânico - e pode dizer-se milhares de coisas sobre o Herberto Helder, a alquimia, toda a transformação que a linguagem pode sofrer, todas verdadeiras - mas, como leitor, o que eu queria sublinhar é esse caráter diferente ele tem e, sobretudo, que noz faz ver o inexplicável e o mágico que a poesia tem em certos autores", afirmou Pinto do Amaral.

Para Pinto do Amaral, a poesia de Herberto Helder "parece uma coisa do outro mundo, vinda de um outro planeta, é aquilo que é mais espantoso".

Herberto Helder morreu na sua residência em Cascais, na segunda-feira, aos 84 anos.

Estreou-se literariamente em 1958, com o livro "O amor em visita". O seu último livro de inéditos, "A morte sem mestre", foi publicado em junho do ano passado.

Também no ano passado foi editada a poesia completa em "Poemas completos", obra que segue a fixação empregue na edição anterior, "Ofício cantante", e inclui os livros esgotados "Servidões", considerado pela crítica literária o livro do ano em 2013, e "A morte sem mestre".

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