Helder Macedo, aos 77 anos ainda é um escritor marginal

O escritor e poeta lança hoje , na casa Fernando Pessoa, em Lisboa, o novo romance intitulado "Tão Longo Amor, Tão Curta a Vida"
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Uma jovem estudante tatuou numa perna "Conheço-me as fronteiras. Quero o resto"um fragmento do poema Orfeu que Helder Macedo escreveu em 1994. Isto aconteceu no Brasil onde o escritor é um dos autores portugueses contemporâneos mais estudados. Enquanto espera de Portugal um reconhecimento ao nível da sua obra o autor lança um novo romance, Tão Longo Amor tão Curta a Vida ( editorial Presença).

O título do livro, pedido de empréstimo a Luís de Camões, não faz adivinhar que lá dentro há um labirinto de histórias inacabadas, de caminhos que desembocam em novos caminhos e que os mistérios podem ser, paradoxalmente, formas de conhecer o desconhecido.

Tudo começa na noite em que o narrador vê a sua rotina interrompida por um homem de camisa manchada de sangue lhe bate à porta, lhe pede uma camisa lavada e disponibilidade para ouvir uma história. A partir daqui o narrador torna-se autor e personagem a desenrolar um fio de ariadne sem nunca encontrar uma saída. Pois que a encontremos nós, os leitores, que para os livros de Helder Macedo têm que gostar de textos densos, paradoxos, jogos mentais e ter capacidade para aguentar a torrente de palavras, ideias, duplos sentidos.

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