Haverá uma passagem secreta que liga túmulo de Tutankamon ao de Nefertiti?
Para Nicholas Reeves provar que o túmulo de Nefertiti está no mesmo de Tutankamon poderá ser "a maior descoberta arqueológica alguma vez feita". O arqueólogo da Universidade do Arizona estudo imagens de alta resolução do túmulo do jovem faraó e acredita que existem duas passagens secretas que foram tapadas, mas que podem ser vistas, ainda que mal, através de algumas fissuras.
Uma das passagens deverá dar para um armazém, mas é a outra que interessa mais a Reeves. Uma passagem maior, do lado norte da câmara funerária de Tutankamon, pode esconder algo muito mais interessante, como descreve o The Economist. Reeves escreveu num artigo que acredita que duas portas podem estar a ocultar um corredor, que terá o tamanho e a forma de outros túmulos reais.
O túmulo de Tutankamon foi descoberto em 1922 por Howard Carter. Ainda hoje é uma das maiores descobertas arqueológicas, pois o túmulo estava intacto, permitindo um estudo nunca antes possível. Mais de cinco mil artefactos estavam no seu interior e apesar de ter sido um faraó sem grande impacto na história do Egito, acaba por ser o mais conhecido devido precisamente à condição em que foi encontrado o seu túmulo.
Já Nefertiti, que significa "a mais bela chegou", foi uma das mais icónicas rainhas do Egito. Casada com o faraó Amenhotep IV, que substituiu o culto politeísta pela veneração de um único deus, além de várias alterações políticas. A rainha é apontada como a possível mãe de Tutankamon, ainda que estudos de ADN recentes apontem que tal não seja verdade. Outra teoria é que o jovem faraó - que morreu aos 19 anos depois de um reinado de cerca de nove - foi fruto de uma relação de incesto entre o faraó Amenhotep IV e a irmã.
Para comprovar a teoria de Nicholas Reeves é possível utilizar técnicas não invasivas, como um sistema de radar que poderá rapidamente mostrar se haverá espaços ocos, segundo explicou um outro arqueólogo, Kent Weeks.
Nicholas Reeves considera difícil ignorar a sua teoria e salientou: "Se estou errado, estou errado, mas se estou certo esta é potencialmente a maior descoberta arqueológica alguma vez feita".