Paulo Macedo. Habituado a polémicas sobre salários altos
Tornou-se conhecido dos portugueses quando foi convidado por Manuela Ferreira Leite para inspetor-geral dos Impostos, em 2004, e depois quando em 2011 foi ministro da Saúde de Passos Coelho.
Desde há muito ligado à banca, foi do BCP que saltou para a administração pública para liderar a equipa dos impostos. E não se livrou da polémica por causa do salário: 23 mil euros que terão sido pagos pelo banco enquanto se manteve em funções na Direção--Geral dos Impostos. A polémica dos salários altos também marcou a curta gestão da administração da CGD. O ex-presidente António Domingues iria ganhar 423 mil euros por ano (divididos por 14, cerca de 30 mil por mês).
Paulo Macedo saiu dos Impostos em 2007, já com um governo PS e com Teixeira dos Santos como ministro das Finanças, que deixou claro na altura que a continuidade só seria possível se Macedo aceitasse baixar o ordenado para valores equivalentes ao ordenado-base do primeiro-ministro (cerca de cinco mil euros por mês), seguindo a lei aprovada em 2005.
Regressou ao grupo BCP para administrar a Médis (seguros de saúde) e daí saiu para ministro da Saúde em 2011. Uma surpresa por não estar ligado à área. Durante a legislatura enfrentou uma das maiores greves dos médicos. Ficou na história por ter conseguido o acordo com a indústria farmacêutica para a hepatite C.
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