Guerra dos Tronos: teorias e uma dúvida para saber quem se senta no Trono de Ferro

Após sete temporadas de batalhas, intriga política e algumas relações amorosas duvidosas, chega na próxima madrugada a oitava época de <em>A Guerra dos Tronos</em>. O que se vai passar? Teorias há muitas.
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Jon Snow vai casar-se com Cersei Lannister ou com Daenerys Targaryen? Esta vai ter um filho de Snow, que na realidade é sobrinho dela? Ou Jon, que começou por ser bastardo da casa Stark mas que afinal não o é, vai transformar-se no Rei da Noite e liderar os Caminhantes Brancos que derrubaram a Muralha do Norte com o objetivo de conquistar as terras habitadas pelos humanos? Ou será Bran Stark, o "corvo de três olhos", o Rei da Noite?

E Samwell Tarly, que tem passado as temporadas de A Guerra dos Tronos em constantes sobressaltos existenciais, estará afinal a escrever as Crónicas de Gelo e Fogo, sendo assim uma representação do norte-americano George R.R. Martin, o autor do conjunto de livros que inspirou uma das séries televisivas mais vistas e pirateadas de sempre. Já agora acrescente-se mais uma teoria muito popular nos fóruns online, Jaime Lannister vai matar a irmã Cersei ou será Arya Stark, a jovem que se tornou ao longo da série uma exímia assassina, a matá-la usando a "face" de Jaime? Só possível porque, como todos os fãs de A Guerra dos Tronos sabem, a morte tem várias caras.

Estas são algumas das teses que circulam pela internet na tentativa de antecipar o que se vai passar na oitava e última temporada, que teve um orçamento de 90 milhões de euros para os seus seis episódios. E fica ainda o alerta para quem ainda não viu nenhum episódio (deve haver alguém...): o texto refere o enredo da série adaptada dos livros de George R. R. Martin.

Na madrugada de segunda-feira regressa assim aos ecrãs da HBO, em Portugal também no canal por cabo SyFy ao mesmo tempo que nos EUA e depois às 22.15 de 15 de abril, o sucesso planetário que surgiu em 2011 com os primeiros dez episódios de uma trama que envolve mortes - mais de metade das personagens são mortas, só há duas por causas naturais -, violações, incesto, espionagem, famílias com dificuldades em gerir orçamentos e uma luta pelo Trono de Ferro, que é o símbolo da liderança dos Sete Reinos.

A Guerra dos Tronos tem sido por estes dias o grande motivo de conversa entre quem gosta e/ou detesta sempre sem conseguir reunir consensos sobre o que poderá acontecer no guião criado por David Benioff e D. B. Weiss e que ultrapassa as ideias escritas por George R. R. Martin nos seus livros, dos quais ainda faltará escrever dois. A dupla até já se especializou em fazer desaparecer as personagens que se pensava ser essenciais para o desenrolar da série aumentado assim o suspense da mesma.

Aliás, decisões que até estão de acordo com duas das frases-chave da série: "Valar Morghulis" e "Valar Dohaeris". Ou seja, "Todos os homens devem morrer" e "Todos os homens devem servir". E a verdade é que ambas estão bem presentes nos episódios.

Entre voltas e reviravoltas os fãs tentam adivinhar como acaba a luta entre famílias pelo Trono de Ferro - será mesmo Jon Snow a ficar com o título de senhor dos Sete Reinos? Ele que até já ressuscitou numa das temporadas?

Certo é que os guionistas garantiram à agência Reuters no passado dia 9 saber desde há cinco anos como tudo vai acabar. "Esperamos que as pessoas gostem. É muito importante para nós", disse D. B. Weiss. "Também sabemos que não interessa o que fizemos, mesmo que seja uma versão ótima, haverá muita gente que vai detestar", acrescentou.

Unanimidade não terá, mas a verdade é que A Guerra dos Tronos se transformou num fenómeno mundial - a sétima temporada teve nos EUA cerca de dez milhões de espectadores por episódio. Um recorde sem paralelo alimentado pela intriga política e alianças entre as várias famílias - Stark, Targaryen, Lannister, Baratheon, Greyjov, Arryn e Tully - e cenas de batalhas épicas, tudo sob o mote de "O inverno está a chegar". E chega com os Caminhantes Brancos a derrubar o muro que ao norte de Westeros protegia os territórios ocupados pelos humanos que agora têm de se unir - será? - para proteger a sua vida destes seres que contam com o apoio de um dos dragões "nascidos" de Daenerys Targaryen.

Deixamos ainda uma das dúvidas mais recentes apresentadas pelos fãs e que até já levou o The Huffington Post a questionar historiadores especialistas em história e casamentos medievais: Tyrion Lannister e Sansa Stark continuam casados?

Gravada no Canadá, Croácia, Islândia, Malta, Marrocos, Espanha e Irlanda do Norte, A Guerra dos Tronos ganhou 38 Emmys, o que nunca nenhuma série conseguiu.

E para terminar um alerta: a oitava temporada não vai ser a última oportunidade para assistir a cenas deste universo - a 27 de maio estreia-se o documentário A Última Patrulha sobre as filmagens dos derradeiros seis episódios da saga.

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