Catarina Martins acusa ministério de "chantagem inédita" sobre professores
Ao afirmar que nenhum tempo de serviço prestado pelos professores durante o período de congelamento das carreiras será contabilizado para efeitos de progressão, Tiago Brandão Rodrigues desencadeou uma tempestade que não só coloca a poderosa Fenprof contra o Governo como também divide a 'geringonça', com o BE, PCP e PEV para um lado e o PS para o outro.
O caso tem portanto tudo para esta tarde ser o tema principal de mais um debate quinzenal parlamentar com o primeiro-ministro. A dúvida é: o Governo irá recuar ou não. Já houve situações em que problemas setoriais levaram o chefe do Governo a sobrepor-se aos ministros diretamente responsáveis (na Cultura, por exemplo, por causa dos subsídios ao teatro).
Caberá ao PS abrir o debate, tendo sido anunciado que daria primazia a questões económicas e sociais.
Antes de emergir o problema com os professores, o PCP dizia que iria confrontar o primeiro-ministro com as "alterações ao Código do Trabalho, fundos comunitários, preço dos combustíveis e impostos". Os sociais-democratas optaram pelos habituais temas genéricos, indicando que irão interpelar o primeiro-ministro sobre "questões políticas e económicas".
O BE indicou "políticas de saúde, laborais e sociais, economia e relações internacionais", o CDS-PP "políticas de soberania, sociais e económicas", o PEV "questões ambientais e sociais" e o PAN "políticas ambientais".