Guardas do EPL vão ser alvo de processos disciplinares

Profissionais deixaram o serviço antes da hora prevista, por não concordarem com as novas escalas, o que resultou em distúrbios causados pelos reclusos
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Os guardas prisionais do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) que se recusaram a cumprir um horário alargado, que ficou estabelecido por novos escalas desde janeiro, vão ser alvo de processos disciplinares, segundo o diretor-geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, em declarações ao Expresso.

"Alguns guardas largaram o serviço contra o que estava estabelecido", disse Celso Manata ao mesmo jornal.

Os guardas prisionais deixaram o serviço, o que causou confusão e atrasos nas visitas no passado sábado. A situação ficou tensa e, depois de os reclusos verem a hora da visita encurtada para meia hora, os reclusos da ala E partiram caixotes do lixo, deitaram a comida para o chão, vandalizaram o refeitório à hora de jantar, e foi necessário chamar ao EPL o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais.

Celso Manata disse à Lusa que "houve um conjunto de guardas que às quatro horas da tarde abandonaram o serviço ilegalmente", o que provocou "dificuldade em manter os horários normais" nas visitas, refeições e medicação.

Hoje, domingo, os mais de 200 reclusos que provocaram os distúrbios passaram o dia fechados nas celas e o grupo de intervenção esteve de prevenção em Monsanto, disse à Lusa fonte sindical.

O presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SINCGP), Júlio Rebelo, adiantou que a situação continua instável no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) com os mais de 200 reclusos da ala E fechados na cela o dia todo, sem sair para comer as refeições.

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