Guantánamo "perde" dez prisioneiros. Já são menos de cem

14 anos após ter sido criada para receber suspeitos de terrorismo, a prisão na base naval americana em Cuba só já tem 93 detidos.
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As autoridades americanas enviaram para Omã dez iemenitas detidos na prisão militar de Guatánamo. Os homens, suspeitos de terrorismo, já se encontravam na instalação prisional há mais de 10 anos sem direito a julgamento. Este foi o maior grupo transferido do estabelecimento prisional na base naval dos EUA em Cuba, desde que Barack Obama iniciou a sua presidência em 2009. Fechar Guantánamo foi a primeira promessa do democrata mal chegou à Casa Branca.

Obama, que fez ontem o seu último discurso do Estado da União, voltou a pedir a ajuda do Congresso para cumprir este objetivo: " É caro, é desnecessário e [manter Guantánamo aberta] apenas serve como um argumento de recruta para os nossos inimigos"

Omã, que já anteriormente recebeu prisioneiros de Guantánamo, avisou que os prisioneiros ficariam numa das suas prisões por razões humanitárias até que as condições no Iémen, que atravessa uma guerra civil, permitissem que os prisioneiros fossem enviados para casa.

O secretário da Defesa Norte americano, Ash Carter, diz que a decisão foi "deliberada e cuidadosamente analisada".

Com 93 prisioneiros, Guantánamo tem a população prisionais mais baixa desde 2002 quando foi inaugurada pelo ex-presidente George W. Bush para receber suspeitos de terrorismo na sequência dos ataques de 11 de setembro de 2001 que fizeram quase 3000 mortos nos EUA.

Para já está excluída a possibilidade de Obama recorrer a uma ordem executiva para fechar a instalação prisional. Membros do congresso, onde os republicanos têm maioria em ambas as câmaras, já prometeram avançar com ações legais se o presidente norte-americano considerar essa opção.

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