'Graça': os quadros de Graça Morais ganham vida no palco do Taborda

Espetáculo encenado por Carlos J. Pessoa parte da vida e obra da pintora Graça Morais
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Está um fim de tarde cinzento quando descemos as escadas que nos levam ao atelier de Graça Morais, na Costa do Castelo, em Lisboa. Pouco depois, chega o encenador Carlos J. Pessoa. "Partilhamos a mesma rua e não sabíamos, já viram a coincidência?" É que desde 2005 que o Teatro da Garagem está instalado no Teatro Taborda, que fica umas portas mais adiante. E, apesar de o bairro ser pequeno, nunca tinha calhado cruzarem-se na rua ou na leitaria. Foi preciso haver uns telefonemas de Bragança, no início do ano, para que os vizinhos se encontrassem. Primeiro, foram os elementos da Garagem que visitaram o atelier. Agora é a pintora que vai levar algumas obras suas ao teatro onde a partir de amanhã vai estar em cena Graça, suite teatral em três movimentos.

Expliquemos. Desde 2009 que o Plast&Cine organiza programas de homenagem a artistas plásticos (Emília Nadal, Cruzeiro Seixas e Pomar, entre outros) e, este ano, escolheu homenagear Graça Morais. O evento decorreu entre 16 e 18 de abril em Bragança, cidade com que a pintora, transmontana, tem grandes ligações e até um centro de arte contemporânea com o seu nome. "Andei aqueles três dias com um nó na garganta", recorda Graça Morais. "Havia pessoas de todas as idades a participar, crianças, mulheres do campo, que trabalharam a partir das minhas obras e fizeram poemas, pinturas, performances. Foi muito emocionante." E foi também nessa altura que, a convite do Teatro Municipal de Bragança, a Garagem estreou este Graça.

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