Governo vai investir 900 milhões de euros no ensino

O ministro Tiago Brandão Rodrigues afirmou que serão agora as escolas a adotar medidas e fazer recomendações para aplicação dos fundos.
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O Plano de Recuperação de Aprendizagens do Governo vai envolver um investimento de cerca de 900 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o ministro da Educação, sublinhando que as medidas e recomendações desenhadas estão agora nas mãos das escolas.

O "Plano 21|23 Escola +", para a recuperação das aprendizagens afetadas durante os últimos dois anos letivos pelos períodos de confinamento devido à pandemia da covid-19, em que os alunos estiveram em regime de ensino a distância, foi apresentado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

No âmbito deste plano plurianual, o Governo vai investir cerca de 900 milhões de euros, para o reforço de recursos humanos nas escolas, a formação dos professores, o aumento dos recursos digitais e a modernização dos equipamentos e das escolas.

Segundo o ministro da Educação, as grandes prioridades serão "ensinar e aprender", "apoiar as comunidades educativas" e "conhecer e avaliar", sempre de olhos postos no sucesso, na inclusão e na cidadania.

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou a importância de alocar recursos à recuperação das aprendizagens para evitar que as sequelas da pandemia não se prolonguem na vida da geração de alunos que foi "duramente atingida" no processo formativo.

António Costa discursou na sessão de apresentação do Plano de Recuperação de Aprendizagens, que foi feita pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, precisamente no Dia Mundial da Criança, na Escola Secundária Dr. Azevedo Neves, concelho de Amadora, distrito de Lisboa.

"Queria dizer que é um trabalho que vale a pena porque é o trabalho em que estamos mesmo a apostar que as sequelas desta pandemia não se prolongarão na vida desta geração que nestes dois anos letivos foi duramente atingida no seu processo formativo. Não, não vai ser assim e, por isso, vamos trabalhar muito nos próximos dois anos para que isso não aconteça", sublinhou o primeiro-ministro.

De acordo com António Costa, foi decidido pelo Governo "alocar um conjunto de recursos para nos próximos dois anos letivos apoiar as comunidades educativas no esforço que estão a fazer" com o objetivo que o processo de recuperação de aprendizagens tenha sucesso.

"Cada um de nós terá os momentos mais difíceis um dia para recordar de toda esta luta. Para mim, o dia mais difícil foi quando no dia 12 de março do ano passado anunciei que as escolas iriam encerrar no dia 16. Foi uma medida muito difícil de tomar porque tínhamos bem consciência do impacto que isso ia ter no processo de desenvolvimento das crianças mais pequenas, de formação de todas elas", confidenciou.

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