Emmanuel Macron e o seu governo estão debaixo de fogo devido à controversa lei sobre segurança global. Apesar de o presidente francês ter recuado e assegurado que na nova formulação do projeto de lei não será proibido gravar e divulgar imagens de elementos das forças policiais, o protesto de domingo resultou em quase cem detenções e em dezenas de feridos. Em plena contestação ao governo e ao chefe de Estado, avança-se para o projeto de lei, cujo título abandonou o termo "separatismo" e é agora "para defender os princípios republicanos"..Em França, só neste ano contam-se sete atentados de inspiração islamista, dos quais resultaram outras tantas vítimas mortais. Mas foi a decapitação do professor Samuel Paty que provocou ondas de choque em França, e o crime terrorista foi visto como um ataque contra a própria república. Paty sofreu ameaças de morte e acabou por ser morto por um jovem checheno em resultado de ter mostrado aos seus alunos os cartoons de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão, numa escola nos arredores de Paris..(R) Monsieur Paty, professor, 47 anos, "mártir da República" executado na via pública .No rescaldo do seu homicídio, as autoridades invadiram dezenas de associações islâmicas, grupos desportivos e instituições de caridade suspeitas de promoverem o extremismo. Uma das associações visadas foi o Collectif Cheikh Yassine, fundada pelo militante islamista Abdelhakim Sefrioui, que foi à escola de Conflans-Sainte-Honorine ameaçar Paty..Ordenaram também o encerramento temporário de uma mesquita no subúrbio de Paris, em Pantin, que tinha partilhado um vídeo a ameaçar Paty..O governo anunciou também planos para intensificar as deportações de imigrantes ilegais em listas de vigilância de radicalização. O ministro do Interior Gérald Darmanin disse que 66 dos 231 estrangeiros numa lista de vigilância tinham sido expulsos, cerca de 50 outros tinham sido colocados em centros de detenção de migrantes e outros 30 em prisão domiciliária.."Há ao menos a tomada de consciência sobre o perigo do reforço do comunitarismo e do separatismo, bem como do financiamento estrangeiro", comentou ao DN o jornalista francês Georges Malbrunot. Com Christian Chesnot, Malbrunot escreveu o livro Qatar Papers em 2019, e foram ambos raptados em 2004 no Iraque. A milícia Exército Islâmico no Iraque pretendia então que a França abdicasse do secularismo em troca dos dois jornalistas, mas ao fim de 124 dias foram libertados..Agora o secularismo está sob ataque no próprio solo francês. "Foi uma surpresa porque pela primeira vez houve uma cumplicidade por parte de pessoas que não fazem parte do movimento jihadista. Estão numa zona cinzenta islamista, Irmandade Muçulmana, etc., na qual há precisamente uma porosidade no caminho entre o movimento muçulmano salafista e o jihadismo", disse o jornalista do Le Figaro dias depois do atentado ao professor Paty.."Já o tínhamos visto no ano passado, quando uma mulher de uma associação muçulmana em Mulhouse ajudou um amigo e levou para a prisão uma faca para matar os guardas prisionais [dois guardas ficaram gravemente feridos e a mulher acabou por ser morta]. O que surpreende é que esta zona cinzenta tem um número grande de pessoas que, sem serem jihadistas, estão quase a postos para entrar em ação, para a luta armada, e em qualquer caso, para tolerar, ou mesmo ajudar, a violência", prossegue Malbrunot..Para o experiente repórter o que se passa em França é o "resultado dos excessos do comunitarismo e do laxismo", como denunciou na investigação Qatar Papers, cujo subtítulo é "Como o emirado financia o islão de França e da Europa". A investigação pôs a descoberto um plano do Qatar em financiar 140 projetos na Europa e apontou em especial para a organização União das organização islâmicas de França, que hoje se chama Muçulmanos de França.."A sucursal francesa da Irmandade Muçulmana está fortemente implantada ao nível local, com boas ligações com os municípios. E os presidentes das câmaras não têm estado suficientemente alerta. Os responsáveis deste movimento muçulmano são pessoas muito astutas a enganar os interlocutores", adverte..Desde o início do ano foram encerradas dezenas de madraças ilegais como a que foi encerrada em Bobigny em outubro, na qual crianças de 2 a 6 anos usavam o véu islâmico, não tinham recreio, nem janelas, nem professores. Para combater de vez este extremismo, o governo quer tornar a escola obrigatória a partir dos 3 anos e reforça a supervisão das escolas não formais, introduzindo "um sistema de encerramento administrativo" em caso de "abusos"..O anúncio da medida criou polémica, pelo que se prevê que o executivo vá permitir mais exceções à regra do que no texto original, que isentava apenas as crianças doentes..Está a ser revisto tendo em conta as observações feitas pelo Conselho de Estado, porque é questão não criar um problema jurídico num ponto tão importante", admitiu fonte próxima do presidente ao Le Parisien..Além disso, a lei prevê que "a cada criança em idade escolar seja atribuído um identificador nacional que permita às autoridades académicas assegurar que nenhuma criança seja privada do seu direito à educação".."Tenho notado que em alguns bairros, há mais rapazes do que raparigas, enquanto estatisticamente sabemos que nascem mais raparigas", disse Gérald Darmanin ao Le Figaro. "É um escândalo não ver estes pequenos 'fantasmas' da República, nem na escola secular, nem na escola sob contrato e nem sequer na escola fora do contrato", para depois proclamar que quer "salvar estas crianças das garras dos islamistas"..O diploma cria uma ofensa que pune o ódio online e sanções específicas no que respeita a pressão sobre funcionários públicos ou representantes eleitos. A fim de "proteger melhor os funcionários dos serviços públicos", as ameaças, violência ou intimidação contra eles serão punidas. O projeto de lei consagra o princípio da neutralidade religiosa dos empregados de direito privado encarregados de uma missão de serviço público..O ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, saudou no Le Figaro duas grandes alterações ao Código Penal e regozijou-se com a criação no Ministério Público, de um grupo de magistrados especialmente dedicados à luta contra o ódio na internet..Numa outra frente, para uma maior transparência, o texto visa "garantir a transparência das condições de exercício do culto", alterando a lei de 1905 que separa as Igrejas e o Estado em termos de financiamento das associações religiosas. As doações estrangeiras superiores a dez mil euros serão assim sujeitas a um sistema de declaração de recursos. Está também prevista uma disposição chamada anti-putsch para evitar qualquer tomada de controlo de uma mesquita por extremistas..Outro artigo estipula que a proibição de aparecer nos locais de culto "pode ser imposta pelo juiz (...) em caso de condenação por provocação a atos de terrorismo ou provocação à discriminação, ódio ou violência"..A agência governamental Tracfin, de recolha de dados financeiros, terá um âmbito de ação alargado. "Pela primeira vez, vamos saber quem financia quem no nosso solo e vamos dar ao Tracfin mais meios para se opor a todos os fluxos indesejáveis", disse Darmanin no Le Figaro..O texto, consultado pela AFP, reforça os poderes dos autarcas, que poderão opor-se ao pagamento de subsídios públicos a associações que "não respeitam os valores da República". Finalmente, outras disposições do presente texto visam reforçar a igualdade de direitos para as mulheres..Um artigo do projeto de lei pretende "proibir todos os profissionais de saúde de emitir certificados que atestem a virgindade de uma pessoa". A poligamia, proibida em França, é agora barreira de permanência no país: quem assim viva não verá qualquer tipo de autorização de residência..E para combater os casamentos forçados, o funcionário do registo civil passa a ser obrigado a "entrevistar os futuros cônjuges separadamente quando houver dúvidas quanto à natureza livre do consentimento" e a "remeter o assunto ao procurador público para efeitos de possível oposição ao casamento, se ele mantiver as suas dúvidas"..Para Najwa El Haïté, ex-conselheira do antigo primeiro-ministro Manuel Valls, era importante ir mais além. "Há ainda muitas questões que precisam de ser abordadas. Estou a pensar na formação de imãs, que ainda dependem demasiado de países estrangeiros. Outro ponto importante é que a igualdade de género deve ser reafirmada como um princípio essencial. Há, em alguns territórios, casamentos religiosos que se realizam sem uma visita à câmara municipal", aponta, em entrevista ao Le Point..Segundo Bernard Rougier, que dirigiu a investigação publicada no livro Les Territoires Conquis de l'Islamisme, em França há quatro tendências do islamismo, as quais "não concordam necessariamente umas com as outras, uma vez que competem pelo ascendente do islamismo, mas sabem como se posicionar em conjunto contra a sociedade francesa ou as suas instituições", disse em entrevista ao Le Point..Tabligh Criado na Índia em 1927, este movimento tinha como missão pregar o islão às massas pobres e não cultas. Em França, é representada pela associação Foi et pratique. Os tablighi organizam visitas (jawla) para convidar pessoas para a mesquita..Salafismo Os salafistas pretendem copiar os primeiros dias de um islão mitificado, que não teria sido alterado por intervenções humanas subsequentes. O salafismo é parcialmente confundido com o wahhabismo, uma doutrina fundada no século XVIII na Arábia Saudita..Irmandade Muçulmana Nascida em 1928 no Egito, o seu objetivo era o de dar um novo impulso à islamização da sociedade, a luta contra a ocupação britânica e o combate ao sionismo na Palestina. Na Europa, enquanto grupo de pressão, querem obter o reconhecimento de uma identidade muçulmana..Jihadismo Foi estabelecida como uma ideologia nos anos 80 no Afeganistão. A Al-Qaeda e o Estado Islâmico são duas correntes distintas, a primeira defendendo a defesa do mundo muçulmano contra a agressão externa, a outra querendo eliminar todos os elementos "impuros" na terra do Islão.
Emmanuel Macron e o seu governo estão debaixo de fogo devido à controversa lei sobre segurança global. Apesar de o presidente francês ter recuado e assegurado que na nova formulação do projeto de lei não será proibido gravar e divulgar imagens de elementos das forças policiais, o protesto de domingo resultou em quase cem detenções e em dezenas de feridos. Em plena contestação ao governo e ao chefe de Estado, avança-se para o projeto de lei, cujo título abandonou o termo "separatismo" e é agora "para defender os princípios republicanos"..Em França, só neste ano contam-se sete atentados de inspiração islamista, dos quais resultaram outras tantas vítimas mortais. Mas foi a decapitação do professor Samuel Paty que provocou ondas de choque em França, e o crime terrorista foi visto como um ataque contra a própria república. Paty sofreu ameaças de morte e acabou por ser morto por um jovem checheno em resultado de ter mostrado aos seus alunos os cartoons de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão, numa escola nos arredores de Paris..(R) Monsieur Paty, professor, 47 anos, "mártir da República" executado na via pública .No rescaldo do seu homicídio, as autoridades invadiram dezenas de associações islâmicas, grupos desportivos e instituições de caridade suspeitas de promoverem o extremismo. Uma das associações visadas foi o Collectif Cheikh Yassine, fundada pelo militante islamista Abdelhakim Sefrioui, que foi à escola de Conflans-Sainte-Honorine ameaçar Paty..Ordenaram também o encerramento temporário de uma mesquita no subúrbio de Paris, em Pantin, que tinha partilhado um vídeo a ameaçar Paty..O governo anunciou também planos para intensificar as deportações de imigrantes ilegais em listas de vigilância de radicalização. O ministro do Interior Gérald Darmanin disse que 66 dos 231 estrangeiros numa lista de vigilância tinham sido expulsos, cerca de 50 outros tinham sido colocados em centros de detenção de migrantes e outros 30 em prisão domiciliária.."Há ao menos a tomada de consciência sobre o perigo do reforço do comunitarismo e do separatismo, bem como do financiamento estrangeiro", comentou ao DN o jornalista francês Georges Malbrunot. Com Christian Chesnot, Malbrunot escreveu o livro Qatar Papers em 2019, e foram ambos raptados em 2004 no Iraque. A milícia Exército Islâmico no Iraque pretendia então que a França abdicasse do secularismo em troca dos dois jornalistas, mas ao fim de 124 dias foram libertados..Agora o secularismo está sob ataque no próprio solo francês. "Foi uma surpresa porque pela primeira vez houve uma cumplicidade por parte de pessoas que não fazem parte do movimento jihadista. Estão numa zona cinzenta islamista, Irmandade Muçulmana, etc., na qual há precisamente uma porosidade no caminho entre o movimento muçulmano salafista e o jihadismo", disse o jornalista do Le Figaro dias depois do atentado ao professor Paty.."Já o tínhamos visto no ano passado, quando uma mulher de uma associação muçulmana em Mulhouse ajudou um amigo e levou para a prisão uma faca para matar os guardas prisionais [dois guardas ficaram gravemente feridos e a mulher acabou por ser morta]. O que surpreende é que esta zona cinzenta tem um número grande de pessoas que, sem serem jihadistas, estão quase a postos para entrar em ação, para a luta armada, e em qualquer caso, para tolerar, ou mesmo ajudar, a violência", prossegue Malbrunot..Para o experiente repórter o que se passa em França é o "resultado dos excessos do comunitarismo e do laxismo", como denunciou na investigação Qatar Papers, cujo subtítulo é "Como o emirado financia o islão de França e da Europa". A investigação pôs a descoberto um plano do Qatar em financiar 140 projetos na Europa e apontou em especial para a organização União das organização islâmicas de França, que hoje se chama Muçulmanos de França.."A sucursal francesa da Irmandade Muçulmana está fortemente implantada ao nível local, com boas ligações com os municípios. E os presidentes das câmaras não têm estado suficientemente alerta. Os responsáveis deste movimento muçulmano são pessoas muito astutas a enganar os interlocutores", adverte..Desde o início do ano foram encerradas dezenas de madraças ilegais como a que foi encerrada em Bobigny em outubro, na qual crianças de 2 a 6 anos usavam o véu islâmico, não tinham recreio, nem janelas, nem professores. Para combater de vez este extremismo, o governo quer tornar a escola obrigatória a partir dos 3 anos e reforça a supervisão das escolas não formais, introduzindo "um sistema de encerramento administrativo" em caso de "abusos"..O anúncio da medida criou polémica, pelo que se prevê que o executivo vá permitir mais exceções à regra do que no texto original, que isentava apenas as crianças doentes..Está a ser revisto tendo em conta as observações feitas pelo Conselho de Estado, porque é questão não criar um problema jurídico num ponto tão importante", admitiu fonte próxima do presidente ao Le Parisien..Além disso, a lei prevê que "a cada criança em idade escolar seja atribuído um identificador nacional que permita às autoridades académicas assegurar que nenhuma criança seja privada do seu direito à educação".."Tenho notado que em alguns bairros, há mais rapazes do que raparigas, enquanto estatisticamente sabemos que nascem mais raparigas", disse Gérald Darmanin ao Le Figaro. "É um escândalo não ver estes pequenos 'fantasmas' da República, nem na escola secular, nem na escola sob contrato e nem sequer na escola fora do contrato", para depois proclamar que quer "salvar estas crianças das garras dos islamistas"..O diploma cria uma ofensa que pune o ódio online e sanções específicas no que respeita a pressão sobre funcionários públicos ou representantes eleitos. A fim de "proteger melhor os funcionários dos serviços públicos", as ameaças, violência ou intimidação contra eles serão punidas. O projeto de lei consagra o princípio da neutralidade religiosa dos empregados de direito privado encarregados de uma missão de serviço público..O ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, saudou no Le Figaro duas grandes alterações ao Código Penal e regozijou-se com a criação no Ministério Público, de um grupo de magistrados especialmente dedicados à luta contra o ódio na internet..Numa outra frente, para uma maior transparência, o texto visa "garantir a transparência das condições de exercício do culto", alterando a lei de 1905 que separa as Igrejas e o Estado em termos de financiamento das associações religiosas. As doações estrangeiras superiores a dez mil euros serão assim sujeitas a um sistema de declaração de recursos. Está também prevista uma disposição chamada anti-putsch para evitar qualquer tomada de controlo de uma mesquita por extremistas..Outro artigo estipula que a proibição de aparecer nos locais de culto "pode ser imposta pelo juiz (...) em caso de condenação por provocação a atos de terrorismo ou provocação à discriminação, ódio ou violência"..A agência governamental Tracfin, de recolha de dados financeiros, terá um âmbito de ação alargado. "Pela primeira vez, vamos saber quem financia quem no nosso solo e vamos dar ao Tracfin mais meios para se opor a todos os fluxos indesejáveis", disse Darmanin no Le Figaro..O texto, consultado pela AFP, reforça os poderes dos autarcas, que poderão opor-se ao pagamento de subsídios públicos a associações que "não respeitam os valores da República". Finalmente, outras disposições do presente texto visam reforçar a igualdade de direitos para as mulheres..Um artigo do projeto de lei pretende "proibir todos os profissionais de saúde de emitir certificados que atestem a virgindade de uma pessoa". A poligamia, proibida em França, é agora barreira de permanência no país: quem assim viva não verá qualquer tipo de autorização de residência..E para combater os casamentos forçados, o funcionário do registo civil passa a ser obrigado a "entrevistar os futuros cônjuges separadamente quando houver dúvidas quanto à natureza livre do consentimento" e a "remeter o assunto ao procurador público para efeitos de possível oposição ao casamento, se ele mantiver as suas dúvidas"..Para Najwa El Haïté, ex-conselheira do antigo primeiro-ministro Manuel Valls, era importante ir mais além. "Há ainda muitas questões que precisam de ser abordadas. Estou a pensar na formação de imãs, que ainda dependem demasiado de países estrangeiros. Outro ponto importante é que a igualdade de género deve ser reafirmada como um princípio essencial. Há, em alguns territórios, casamentos religiosos que se realizam sem uma visita à câmara municipal", aponta, em entrevista ao Le Point..Segundo Bernard Rougier, que dirigiu a investigação publicada no livro Les Territoires Conquis de l'Islamisme, em França há quatro tendências do islamismo, as quais "não concordam necessariamente umas com as outras, uma vez que competem pelo ascendente do islamismo, mas sabem como se posicionar em conjunto contra a sociedade francesa ou as suas instituições", disse em entrevista ao Le Point..Tabligh Criado na Índia em 1927, este movimento tinha como missão pregar o islão às massas pobres e não cultas. Em França, é representada pela associação Foi et pratique. Os tablighi organizam visitas (jawla) para convidar pessoas para a mesquita..Salafismo Os salafistas pretendem copiar os primeiros dias de um islão mitificado, que não teria sido alterado por intervenções humanas subsequentes. O salafismo é parcialmente confundido com o wahhabismo, uma doutrina fundada no século XVIII na Arábia Saudita..Irmandade Muçulmana Nascida em 1928 no Egito, o seu objetivo era o de dar um novo impulso à islamização da sociedade, a luta contra a ocupação britânica e o combate ao sionismo na Palestina. Na Europa, enquanto grupo de pressão, querem obter o reconhecimento de uma identidade muçulmana..Jihadismo Foi estabelecida como uma ideologia nos anos 80 no Afeganistão. A Al-Qaeda e o Estado Islâmico são duas correntes distintas, a primeira defendendo a defesa do mundo muçulmano contra a agressão externa, a outra querendo eliminar todos os elementos "impuros" na terra do Islão.