Governo dos Países Baixos aconselhado a impor confinamento à população
A Comissão de Gestão de Surtos (OMT) dos Países Baixos, que funciona como conselheira do governo para a pandemia, recomendou a imposição de um "confinamento limitado" durante as próximas duas semanas, período em que, entre outras medidas, se terá de cancelar eventos e encerrar cinemas e teatros. Ainda assim, as escolas continuariam abertas.
A notícia foi avançada pela estação de televisão NOS, que avança ainda que em cima da mesa está igualmente a proposta de antecipar o encerramento de bares e restaurantes - que já fecham à meia-noite -, limitando a sua ocupação e obrigando os clientes a sentarem-se à mesa e a não a ficarem de pé.
O governo holandês liderado por Mark Rutte (primeiro-ministo interino), que costuma seguir as recomendações da OMT, tem previsto anunciar esta sexta-feira a introdução de novas restrições, mas os membros do executivo ainda não chergaram a um consenso sobre as medidas a aplicar.
A verdade é que os Países Baixos contabilizaram 16 364 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, que representa o número mais alto de infeções desde o início da pandemia no país, de acordo com os dados do Instituto de Saúde Pública (RIVM) holandês, indicando que se tratam de mais 3688 novos casos em relação aos reportados na quarta-feira. O total de hospitalizações subiu de 1647 para 1699, com 330 deles internados nas unidades de cuidados intensivos, tendo-se registado ainda 26 mortes (a média diária de óbitos na semana passada foi de 24).
Refira-se que no fim de semana passado entrou em vigor a reintrodução do distanciamento social de 1,5 metros em espaços públicos e a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação contra a covid-19 em locais como ginásios, museus, hotéis e eventos.
Segundo os dados oficiais, 82,4% da população com mais de 12 anos já recebeu as duas doses da vacina, enquanto a 85,9% foi administrada pelo menos uma dose. No entanto, estima-se que cerca de 13% dos cidadãos holandeses não planeiam ser vacinados para já.