"Nas últimas semanas, os principais bancos internacionais anunciaram lucros trimestrais impressionantes. É surpreendente que tais resultados tenham sido realizados somente alguns meses depois de algumas destas mesmas instituições terem estado à beira da falência", afirmou Noyer num discurso num fórum financeiro organizado em Singapura.. "Isto poderia dar a impressão de que o sector financeiro reencontrou o seu equilíbrio e que a continuação das reformas já não é necessário. Nada de mais falso. Com efeito, um dos principais riscos para o próximo período é o surgimento de um estado de espírito 'business as usual', de regresso à normalidade", advertiu Noyer, julgando "indispensável que se mantenha o ritmo" dado pelo G20..A reforma das normas e da supervisão dos bancos é ainda mais actual quando "há sinais indicando que certas componentes do sector financeiro regressaram no que toca à tomada de risco a práticas lembrando as que levaram à crise", julga o presidente do banco central francês..Referiu-se nomeadamente às remunerações que "embora formalmente compatíveis com as regras" de enquadramento definidas pelo grupo dos Vinte, "podem parecer desfasadas" da situação real dos bancos.