"Gosto de muitos sítios, mas não há nenhum como a minha terra: a bela Lisboa"

O famoso questionário Proust respondido pela Diretora do Museu de Lisboa Joana Sousa Monteiro.
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A sua virtude preferida?

A integridade.

A qualidade que mais aprecia num homem?

Duas: inteligência e sentido de humor.

A qualidade que mais aprecia numa mulher?

As mesmas: inteligência e sentido de humor.

O que aprecia mais nos seus amigos?

Que sejam exatamente como são, e que sejam meus amigos.

O seu principal defeito?

A teimosia.

A sua ocupação preferida?

São várias: boa parte do trabalho que tenho a sorte de fazer em conjunto com pessoas excelentes; os meus hobbies criativos; viajar; e não fazer nada.

Qual é a sua ideia de «felicidade perfeita»?

Não sei se existe. Talvez o riso contagiante dos que me são próximos. E estar em sossego total numa praia paradisíaca também não iria mal.

Um desgosto?

Os que não deviam ter morrido assim. Quando a inércia e a falta de empenho prejudicam seriamente o bem comum em que acredito.

O que é que gostaria de ser?

Gostaria de ser cada vez mais grata à vida.

Em que país gostaria de viver?

Gosto de muitos sítios, mas não há nenhum como a minha terra: a bela Lisboa.

A cor preferida?

O azul (e dentro dos azuis, o cobalto).

A flor de que gosta?

A tulipa, porque é perfeita.

O pássaro que prefere?

Os que são coloridos e cantam bem.

O autor preferido em prosa?

Gonçalo M. Tavares. E também Calvino, Jorge Luis Borges, José Saramago, Philip Roth.

Poetas preferidos?

Neruda, Pessoa, Sophia .

O seu herói da ficção?

O Senhor Bloom, que não foi à Índia.

Heroínas favoritas na ficção?

A Blimunda Sete-Luas.

Os heróis da vida real?

Galileu, Albert Einstein, Marquês de Pombal, Salgueiro Maia, e outros e outras menos famosos que foram ou são íntegros, corajosos e altruístas.

As heroínas históricas?

Joana d"Arc, Beatriz Ângelo, Marie Currie, Helen Keller, Guilhermina Suggia.

Os pintores preferidos?

Vermeer e Rothko; Mondrian e Piero de la Francesca; Gerhard Richter e Amadeo de Souza Cardoso; Kandinsky e Rembrandt; Louise Bourgeois e José Pedro Croft (e mais mil artistas).

Compositores preferidos?

Bach. E também Bill Evans, Vivaldi, Rachmaninoff, Gershwin, Lully, Tom Jobim, Schubert, Freddie Mercury, Philip Glass, Chris Martin, Oscar Peterson (e mais mil).

Os seus nomes preferidos?

Francisco e outros nomes das pessoas de quem mais gosto.

O que detesta acima de tudo?

A hipocrisia e a inveja.

A personagem histórica que mais despreza?

Todos os ditadores passados e presentes.

O feito militar que mais admira?

O desembarque na Normandia. Os que terminam com as guerras.

O dom da natureza que gostaria de ter?

Poder nadar debaixo de água e poder tornar-me invisível às vezes.

Como gostaria de morrer?

Em paz com a vida.

Estado de espírito atual?

Proativa, dentro do possível. The best is yet to come.

Os erros que lhe inspiram maior indulgência?

Os que são isentos de maldade.

A sua divisa?

Não é divisa, é um caminho: melhores museus, melhores pessoas, melhor mundo.

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