GNR investiga fogo que destruiu fábrica de madeiras em Arcos de Valdevez

Incêndio começou na noite de quarta-feira e quando a fábrica já estava encerrada, tendo provocado um ferido ligeiro entre os bombeiros.
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A GNR anunciou esta quinta-feira que vai investigar as causas do incêndio que destruiu por completo uma fábrica de transformação de madeiras instalada em Arcos de Valdevez.

O inquérito iniciar-se-á após o fogo ser totalmente extinto naquela fábrica situada na zona industrial de Padreiro, indicou uma fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo ouvida pela Lusa.

O incêndio deflagrou cerca das 21:00 horas de quarta-feira e foi dado como controlado quatro horas depois. Às 10:15 desta manhã estavam "em curso operações de rescaldo" e o fogo deverá ficar extinto durante o dia, adiantou a GNR.

"A Proteção Civil espera ter o incêndio extinto durante o dia de hoje. A partir desse momento a GNR irá iniciar a investigação para apurar se existiu intenção criminosa ou dolosa. A confirmar-se esse cenário, o caso será encaminhado para a Polícia Judiciária", especificou aquela fonte.

O presidente da câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, adiantou à Lusa que a fábrica, instalada há mais de uma década naquela zona industrial, com cerca de dez trabalhadores, é detida por um empresário do concelho.

O autarca social-democrata, que durante a noite de quarta-feira e madrugada de hoje acompanhou os trabalhos de combate ao incêndio, lamentou a destruição da empresa familiar e solidarizou-se com o proprietário e os trabalhadores.

João Manuel Esteves agradeceu "a intervenção pronta, profissional e corajosa de todos os bombeiros envolvidos" no combate às chamas.

"Desde logo o meu agradecimento aos bombeiros de Arcos de Valdevez, os primeiros a chegar ao local. Também ao comando distrital pela intervenção e coordenação do incêndio que impediu uma tragédia maior, evitando que as chamas se propagassem às fábricas vizinhas e à creche da zona industrial", disse.

O incêndio deflagrou pelas 20:50 de quarta-feira e foi dominado cerca das 01:00, informou o comandante operacional distrital (CODIS) de Viana do Castelo.

Durante a madrugada, Marco Domingues disse ao jornalistas que "quando o fogo deflagrou a fábrica encontrava-se encerrada e sem ninguém no seu interior", referindo que os trabalhos de consolidação seriam demorados "devido à carga [combustível] acumulada no interior" do espaço.

O responsável da Proteção Civil distrital referiu que, deste incêndio resultou um ferido ligeiro, um bombeiro que sofreu uma entorse e foi transportado para o Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.

O comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, explicou que o alerta foi dado por um bombeiro da corporação que passava no Itinerário Complementar 28 (IC28).

O comandante dos bombeiros acrescentou que o trabalho de rescaldo é demorado, "porque a fábrica tinha pilhas de madeira empilhada com cerca de cinco a seis metros de altura".

Ao local acorreram 14 corpos de bombeiros dos distritos de Viana do Castelo e Braga, num total de 130 operacionais apoiados por 39 veículos, além de INEM e GNR.

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