GNR deteve 13 pessoas. Fingiam ser assistentes sociais e assaltavam idosos
Selecionavam as vítimas, maioritariamente idosos vulneráveis, residentes na zona interior do país, e através de manobras de distração - como fazerem-se passar por assistentes sociais do centro de saúde - entravam nas suas residências e furtavam ouro e dinheiro. Se as vítimas ofereciam resistência, recorriam à violência. A GNR deteve esta terça-feira 13 suspeitos no culminar de uma investigação que durou dois anos e que registou mais de 30 vítimas e roubos num valor superior a 100 mil euros.
"A Guarda Nacional Republicana, através da Secção de Investigação Criminal da Unidade de Intervenção, hoje, dia 25 de junho, está a desencadear uma operação policial na área metropolitana de Lisboa e Setúbal, dando cumprimento a 42 mandados, dos quais 26 em residências e em veículos, e 16 de detenção, tendo sido, até ao momento, detidas 13 pessoas, pela prática de crimes de furto e roubo, ao longo de todo o território nacional", lê-se no comunicado enviado às redações.
Além de se fazerem passar por assistentes sociais que estariam a visitar os idosos para os ajudar com a medicação, os assaltantes também fingiam ser empregadas de limpeza e solicitavam papel e caneta para deixar um recado a vizinhos ou solicitavam um copo de água porque se sentiam mal.
Para não serem detetados, alternavam, com muita frequência, de viaturas de aluguer de curta duração, nos seus deslocamentos ao longo de todo o território nacional, detalhou a GNR.
Os detidos serão presentes, no dia 27 de junho, ao Tribunal Judicial de Sintra para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.
A operação envolve 275 elementos das Forças de Segurança, entre militares da GNR, nomeadamente da Unidade de Intervenção, da Direção de Investigação Criminal, do Grupo de Intervenção de Ordem Pública e dos Comandos Territoriais de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal, e elementos da Polícia de Segurança Pública.