General Pina Monteiro é exemplo do que "Portugal exige dos seus líderes militares"

Presidente da República condecorou Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas cessante com a a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Publicado a
Atualizado a

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que "o caráter, a personalidade e a sensibilidade" do general Pina Monteiro "exemplificam o que Portugal exige dos seus líderes militares".

Marcelo Rebelo de Sousa falava na cerimónia de condecoração daquele general do Exército com a Ordem Militar de Cristo, no que é o seu último dia como Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) por atingir o limite de idade para passagem à reforma.

No Palácio de Belém, perante uma plateia onde estavam o general Ramalho Eanes, o ministro da Defesa, os chefes militares e os membros do Comité Militar da NATO, entre outros, o Comandante Supremo das Forças Armadas destacou ainda "a orientação e compreensão" do Governo - bem como o "constante afinco e compreensão" do ministro Azeredo Lopes - que permitiram ao CEMGFA cessante planear e implementar os processos de reforma e reestruturação das FA nos últimos quatro anos.

A ação de Pina Monteiro "foi também primordial num período anterior", durante os anos da troika, "para a menos turbulenta consecução de processos críticos para a Defesa Nacional" como o da implementação do Hospital das Forças Armadas (após a fusão dos hospitais dos ramos), do ensino militar ou o da consolidação da transferência do comando conjunto das operações para Oeiras, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Por isso, em função dos "patrióticos e generosos serviços prestados a Portugal" e frisando que "não se trata de cumprir uma mera tradição" mas expressar "a convicção de uma justiça feita a quem integralmente a merece", o Comandante Supremo agraciou Pina Monteiro com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

Pina Monteiro, por sua vez e num tom por vezes emocionado, afirmou que a distinção recebida era extensível "a todos" os militares, desde logo porque "as Forças Armadas não se fazem de chefes de Estado-Maior" mas com aqueles que comandam.

O CEMGFA cessante lembrou ainda os militares destacados em missões no estrangeiro e considerou a presença dos três chefes dos ramos como "expressão da unidade, da coesão, da disciplina e do sentido de missão comuns que sempre" procurou manter nas FA enquanto principal chefe militar.

O general pina Monteiro termiona esta quarta-feira uma carreira militar de 47 anos, sucedendo-lhe o ainda chefe do Estado-Maior da Marinha, almirante Silva Ribeiro.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt