"General" de topo da PSP espera lugar há mais de um mês
O superintendente-chefe Barros Correia está em casa desde o passado dia 21 de setembro a aguardar a sua nomeação para um comando da PSP. A situação é inédita nesta polícia, onde há vários postos previstos para esta categoria - trata-se do topo da carreira, equivalente a general - preenchidos por oficiais, de patente inferior, que estão graduados a título excecional. Este oficial regressou de uma comissão de serviço em S.Tomé e Príncipe, onde esteve três anos como oficial de ligação do Ministério da Administração Interna. Apresentou-se ao serviço e ainda não lhe indicaram nenhum posto.
A Direção Nacional da PSP diz que Barros Correia está a gozar férias (que terminaram a 18 último) e não adianta informação sobre a previsão da nomeação do superintendente-chefe. Fontes próximas deste "general" - que não respondeu ao pedido de contacto do DN - acreditam que Barros Correia não esteja disposto a aguentar muito mais tempo sem reclamar. Principalmente porque sabe que há comandos, como o de Lisboa, ocupados por superintendentes graduados. Na mesma situação estão por exemplo os comandos dos Açores e da Madeira e a Inspeção Nacional da PSP. Nesta situação excecional, estão, segundo dados da PSP, um total de 38 oficiais, que foram graduados em categorias superiores e "são indispensáveis para o legal exercício dos cargos a que se referem".