Gasolina recua para preços de Junho de 2005

Combustíveis baixam mais de 30 cêntimos por litro desde Julho.
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O preço da gasolina de 95 octanas está hoje mais barato: as descidas vão de dois a cinco cêntimos por litro, que passa a custar nas principais redes 1,179 euros. Desde Junho de 2005 que o preço da gasolina em Portugal não estava neste valor. No gasóleo, as descidas foram mais moderadas, entre dois e quatro cêntimos por litro para um preço de 1,079 euros, por exemplo na Galp. Seria preciso recuar até Julho de 2007 para encontrar valores equivalentes no mercado nacional.

Em Julho deste ano, quando foram alcançados os preços mais altos de sempre em Portugal, na sequência dos recordes alcançados pelo petróleo, a gasolina estava acima de 1,5 euros e o gasóleo custava 1,43 euros. Desde então, e fazendo as contas aos valores anunciados pelas principais petrolíferas ontem, os dois combustíveis mais consumidos em Portugal baixaram mais de 30 cêntimos (60 escudos) por litro ou 24%.

A descida de preços, que acompanha a queda vertiginosa do crude (ver caixa) e dos produtos refinados, tem sido mais sentida a partir de meados de Outubro, talvez como reacção aos protestos públicos de associações e sectores contra aquilo que consideraram ser uma descida muito lenta dos preços em Portugal, sobretudo face às subidas.
 
Olhando com mais atenção, verificamos que a gasolina desceu quase 38 cêntimos desde Julho.

No gasóleo a baixa é da ordem dos 35 cêntimos por litro. Para quem enche o depósito, isto significa uma poupança entre os 18 e os 19 euros por cada abastecimento para 50 litros. A redução da factura oscila entre os 21 euros e os 22,5 euros para abastecer 60 litros, consoante seja um carro a diesel ou a gasolina, respectivamente. Desde o início do ano, as descidas são menos expressivas, em especial na gasolina cujo preço desceu cerca de 14 cêntimos por litro. No diesel, a baixa supera 20 cêntimos/litro.

Saldos para travar quedas

A queda dos preços não tem sido suficiente para contrariar o recuo do consumo, pelo menos no terceiro trimestre quando as vendas de gasolina recuaram 7,5% e as do gasóleo caíram 2,5%. A situação afecta mais as petrolíferas nacionais que estão a perder quota para a distribuição.

Um estudo recente da TNS World Panel dizia que as grandes superfícies foram responsáveis por 19% das vendas no primeiro semestre, quota que a indústria qualifica de exagerada. Ainda assim, e para travar quedas nas vendas, algumas das principais petrolíferas lançaram promoções agressivas com descontos na ordem dos seis cêntimos por litro ao fim-de-semana.

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