Futuro de Cândida Almeida decidido no dia 28
A recondução ou não de Cândida Almeida à frente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está dependente de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) que se vai realizar dia 28. Compete a este órgão de gestão e fiscalização dos procuradores, composto por membros de nomeação política e por magistrados, decidir se aprova aquela que é a vontade já manifestada pela procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, de recusar a renovação da comissão de serviço à procuradora-geral adjunta (PGA) que há mais de uma década ocupa aquele lugar.
A PGR já comunicou a Cândida Almeida esta sua intenção que por sua vez também já a deu a conhecer aos procuradores do DCIAP na passada sexta-feira. Tudo isto acontece numa altura em que decorre na Procuradoria-geral da República uma auditoria a todos os processos que foram alvo de violação de segredo de justiça nos dois últimos anos e que estão em investigação no DCIAP, nomeadamente o processo Monte Branco. Joana Marques Vida pretende apurar de que forma ocorreram as fugas de informação para depois abrir processos de inquérito aos visados. Neste momento, porém, apurou o DN, essa auditoria ainda decorre e ninguém é ainda alvo de processo de inquérito, nem sequer Cândida Almeida.