Furto das Glock na PSP: já há sete detidos. Dois são polícias

Associação criminosa, peculato e tráfico de armas são os crimes em causa. O inquérito, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), está a cargo da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP
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Os suspeitos estão indiciados pelos crimes de associação criminosa, peculato e tráfico de armas.

Havia três mandados de detenção emitidos, contra um civil e dois agentes da PSP. Entretanto, fonte desta força de segurança confirmou, já quase no final da manhã, que foram detidos outros quatro suspeitos, aumentado para sete o total de detidos nesta operação.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República, esclarece que, nesta operação da PSP há um total de nova detidos. Sete estão relacionados com o furto e os outros dois por se encontrarem nos locais das buscas na posse de "objetos proibidos".

Um oitavo suspeito do furto das Glock já foi detido pela PJ esta segunda-feira, no âmbito da operação relacionada com o assalto aos paióis de Tancos. Este suspeito ficou em prisão preventiva depois do interrogatório esta noite.

Os dois polícias detidos trabalhavam no armazém, na sede da PSP, em Lisboa, onde as armas estavam guardadas. Logo quando o furto foi detetado, em janeiro de 2017, foram suspensos e sujeitos a processos disciplinares. Regressaram depois ao serviço - colocados em serviços administrativos e sem direito a arma - a aguardar o desfecho da investigação criminal. Têm estado sempre sob vigilância.

O inquérito, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) - coordenado pelos mesmos procuradores do caso Tancos - está a cargo da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Foi realizado um total de 14 buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias em vários pontos do país: Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mafra. Abrantes, Cascais, Oeiras, Lisboa, Almada e Albufeira. Na operação estão envolvidos cerca de 150 agentes da PSP.

Foram apreendidas diversas armas, munições, material informático e equipamento de telecomunicações.

A investigação dura há 23 meses, quando esta polícia apreendeu uma destas armas, no Porto, a um traficante de droga, altura em que a a PSP detetou que tinham sido furtadas as 57 pistolas.

Oito das 57 armas foram, entretanto recuperadas, quatro em Portugal, em operações da PSP e quatro em Espanha (três na Andaluzia e uma em Ceuta).

(Notícia atualizada pelas 11:45 horas com a informação dos novos detidos)

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